Projeto da UFSJ estuda evolução da covid-19 em Divinópolis
Da Redação
Começou na última segunda-feira, 11, a segunda fase do projeto que analisa a evolução do contágio pelo vírus da covid-19 em Divinópolis. Pesquisadores do Campus Centro-Oeste Dona Lindu (CCO) pretendem, nesta etapa, envolver um público de mais 700 moradores da cidade. O projeto é coordenado pelo professor Eduardo Sérgio Silva e realizado em parceria com a Secretaria de Saúde de Divinópolis.
O objetivo maior é verificar a prevalência para Sars-CoV-2, a covid-19, na população do município. Para isso, as pessoas são convidadas a participar como voluntários do projeto, realizado dentro dos centros de saúde da cidade. A entrevista e coleta de material ocorre em três momentos diferentes, com intuito de se avaliar o comportamento da infecção entre os moradores.
— Temos a perspectiva de recrutar no total 2.100 participantes, sendo 700 em cada momento do projeto — explica uma das pesquisadoras, a professora Vanessa Cortes. Na primeira fase, realizada em novembro último, o estudo mostrou que em torno de 12% dos 640 voluntários havia tido contato com o vírus.
Prevalência
Segundo Vanessa, a prevalência será avaliada pelos resultados do exame de PCR para Sars-CoV-2 e teste rápido sorológico. Para a realização do PCR está sendo utilizada amostra de saliva, uma vez que esta diminui o contato com secreção (como ocorre na coleta de swab nasal) e é mais confortável para o participante.
— O resultado do teste rápido é fornecido no mesmo momento — explica a professora.
Estrategicamente, a segunda coleta do projeto está acontecendo após as festas de fim de ano.
— Isso ocorre para que seja possível avaliar o impacto dessas possíveis aglomerações no número de casos identificados — explica Vanessa.
— Temos a expectativa de que haverá aumento importante do número de casos, tendo como base os boletins diários do município. De qualquer modo, é preciso finalizar a coleta para entender mais claramente os números de Divinópolis — conclui.
As equipes que participam do mapeamento passaram por treinamento antes de realizarem as coletas do projeto. Na primeira fase, uma das dificuldades encontradas foi a baixa participação de crianças. Para a segunda e terceira etapas, a equipe pretende atingir 725 em cada uma delas.
Para participar como voluntário, o morador de Divinópolis deve fazer o exame, que é gratuito, nos centros de saúde do município