Programa destina R$ 9,7 mi para quem quer inovar

Iniciativa do Governo Federal busca estimular empresas nascentes de base tecnológica

 

Da Redação

O programa Start-Up Brasil reforça a vocação do país para inovar. A avaliação é do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, ao anunciar um edital de R$ 9,7 milhões para selecionar 50 projetos de empresas nascentes de base tecnológica, com aceleração em 2017 e 2018. As informações são do próprio ministério.

Cada startup deve receber até R$ 200 mil em bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A chamada pública recém-lançada fica aberta até 25 de setembro. Os recursos são do orçamento do MCTIC.

– Estamos entrando no terceiro ciclo de um programa que tem sido muito bem-sucedido. E agora, nessa nova fase, com a experiência acumulada nas anteriores, com certeza o Brasil vai colher mais resultados, a exemplo da geração de empregos e riquezas. Aqui, com a seleção desses projetos, teremos a oportunidade de constatar mais uma vez a vocação brasileira para a inovação – disse.

Na opinião do ministro, para superar as dificuldades que o país passa, é necessário investir no futuro.

– E investir no futuro é investir em inovação. Os recursos parecem modestos, mas são muito significativos, muito expressivos dentro da atual conjuntura – ressaltou.

Para o secretário de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, o ecossistema apoiado pelo programa tem capacidade de realizar um movimento anticíclico perante a crise.

– Enquanto diversas empresas enfrentam dificuldades, as startups têm crescido e competido nos mais variados setores. Elas criam negócios digitais e novos modos de produzir e se relacionar economicamente – apontou.

Ainda de acordo com ele, o setor avança rapidamente e hoje o país já tem mais de 4,5 mil startups, 300 incubadoras, 25 programas e 40 aceleradoras.

O programa

Criado pelo MCTIC em novembro de 2012, o Start-Up Brasil agrega um conjunto de atores em favor de iniciativas empresariais de base tecnológica. O programa tem como objetivo apoiar soluções inovadoras em software, hardware e serviços de tecnologia da informação (TI).

– Ele também ajuda a desenvolver um ecossistema de empreendedorismo digital. Antes do lançamento, tínhamos mapeadas três aceleradoras. Hoje, o país possui mais de 40 – comparou Martinhão.

Articulação

Segundo Martinhão, existe um esforço para conjugar iniciativas do governo federal em apoio a empresas nascentes de base tecnológica.

– Acreditamos que haja espaço para todos os programas que operam hoje no ecossistema de startups. E mais do que isso: é importante a articulação entre eles – defendeu o secretário, ao relacionar medidas complementares do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

– O MDIC possui um programa que cuida da etapa inicial das startups, ainda no momento das ideias. Isso está articulado ao Start-Up Brasil, responsável pela fase de aceleração. Em seguida, a Finep pode entrar na execução de planos de crescimento, etapa pós-aceleração. E já estamos conversando com o BNDES para induzir a internacionalização das nossas startups – delineou o secretário.

Na opinião do presidente do CNPq, Mario Neto Borges, o Start-Up Brasil exerce papel fundamental no ecossistema de pesquisa em TI.

– Hoje, essas iniciativas de startup têm sido uma solução brilhante para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação com geração de riqueza. Isso abre oportunidades a jovens empreendedores capazes de realmente contribuir com as suas ideias e o seu dinamismo para o crescimento econômico do país.

Correios

Em 1º de agosto, Kassab assinou um acordo de cooperação técnica com a Correios Participações S/A (CorreiosPar), subsidiária da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), para promover ações no âmbito do Start-Up Brasil. O objetivo é realizar iniciativas conjuntas em empreendedorismo digital. A principal expectativa da parceria é oferecer um canal de comercialização de produtos e serviços desenvolvidos pelas empresas de base tecnológica.

Nas palavras do diretor-presidente da CorreiosPar, Henrique Dourado, o acordo de cooperação gerou uma onda positiva na ECT.

– No momento de escassez pelo qual os Correios passam, isso trouxe uma oxigenação e uma esperança para o corpo funcional e também para a sociedade – relatou.

– Estamos muito otimistas com esse programa. A CorreiosPar é uma empresa nova, iniciou suas atividades em 2016 e já chega com esse presente. A gente acredita que será um sucesso na geração de empregos e oportunidades.

 

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