Professores exigem concurso público na Uemg

 

 Marília Mesquita  

Mais uma vez, o Movimento Docente da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) se manifestou sobre a inexistência de um quadro efetivo de professores na unidade de Divinópolis. A declaração foi dada após a Reitoria alegar que, apesar dos servidores temporários não serem os ideais, as atividades dentro do Campus serão garantidas por meio de contratação de pessoal.    

Em nota direta à Reitoria, o Movimento diz que os docentes devem assumir apenas uma posição dentro da universidade: aquela na qual, todos possuem os mesmos direitos. 

 

— O movimento compreende que não podemos tratar os docentes da unidade com “dois pesos e duas medidas”, pois somos todos funcionários da mesma instituição e desenvolvemos o mesmo trabalho. Portanto, merecemos um tratamento igualitário, neste sentido a reivindicação é de recondução integral dos professores. 

Reitoria  

Na última terça-feira, 24, data em que o Agora publicou que a falta de concurso público para efetivação de professores pode gerar problemas no próximo semestre letivo, toda a comunidade acadêmica, o que inclui, além dos professores, alunos e servidores, paralisou as atividades e se organizou em protesto. 

Em esclarecimento, na quinta-feira, 26, a Reitoria respondeu à imprensa, através de uma nota de esclarecimento, que os cargos não foram assumidos por efetivos, primeiramente, devido à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 

— Foi realizado o estudo de quantitativo de docentes necessários para atendimento a todos os cursos em andamento nestas fundações e tal estudo foi encaminhado à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão no início de 2015, para que fosse autorizada a criação dos cargos e, posteriormente, pudesse ser autorizado concurso. No entanto, devido às restrições impostas pela LRF, o Estado ficou impedido de criar os cargos solicitados — explica.  

Porém, no ano passado, a Câmara de Orçamentos e Finanças (COF) autorizou a realização de concurso público para preencher 741 vagas na instituição. 

— Nossa solicitação de concurso público foi aprovada pela COF em 2016, e desde então as ações necessárias para realização dele estão sendo adotadas pela universidade, respeitadas as restrições impostas pela LRF. Neste momento, estamos na fase de contratação de empresa para a execução do concurso e espera-se a publicação do edital em breve — conclui na nota.  

A Uemg confirmou que neste ano um concurso para 519 vagas foi finalizado, porém, não abrange a cidade já que teve início antes do processo de estadualização.    

Professores   

Em setembro de 2014, a Fundação Educacional de Divinópolis (Funedi) já havia sido totalmente absorvida pela Uemg. Sendo assim, em resposta os professores apontam que todas as 270 vagas do cargo são ocupadas por profissionais com contratos temporários.  

— Este concurso não atendeu à unidade de Divinópolis que tem a absurda situação de não contar com nenhum professor efetivo. Diante deste quadro tão frágil de nossa unidade é que entendemos ser necessário pensar uma estratégia que garanta um mínimo de estabilidade para o corpo docente que a todo final de ano precisa passar pelo desgaste da incerteza de seu futuro profissional — pontua.  

Assim, os docentes pedem à efetivação de um concurso ainda para este ano. 

— Trazemos a pauta de uma recondução integral dos professores até a efetivação de professores concursados entendendo que é preciso que a agenda de um concurso para a unidade seja apresentada ainda este ano —encerra.  

 

 

 

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