Procissão de Corpus Christi é solidária

Tradicionais tapetes do percurso serão de cobertores neste ano

Gisele Souto  

Diferentemente dos anos anteriores, os tradicionais tapetes coloridos feitos de serragem, pó de café, tintas e outros produtos não deverão ser vistos neste ano na procissão de Corpus Christi, no trajeto entre o Santuário Santo Antônio e a Catedral. E o motivo não é a sujeira nas ruas, difícil de sair, apontada por algumas pessoas, e sim: a solidariedade. Em 2017, os enfeites serão feitos todos de cobertores para posteriormente serem doados para pessoas carentes. O organizador das celebrações da Mitra Diocesana, padre Carlos Henrique, explica que houve orientação para as demais paróquias para que aderissem à causa em prol dos menos favorecidos. Porém, segundo ele, as igrejas estão livres para fazerem do seu jeito.  

— Trata-se meramente de uma campanha para arrecadar cobertores para as pessoas carentes — resumiu. 

Programação  

A programação para este ano está mantida nos mesmos horários dos anos anteriores. Abre com a Adoração ao Santíssimo Sacramento, às 14h. Por volta das 15h, começa a solene procissão do Santuário de Santo Antônio rumo à Catedral do Divino Espírito Santo, onde haverá missa campal presidida pelo bispo diocesano Dom José Carlos de Souza, concelebrada por todos os padres da cidade.  A celebração conta com a participação das 14 paróquias de Divinópolis, além do Santuário Diocesano de Frei Galvão. 

O feriado 

Corpus Christi é um dos quatro feriados municipais, instituídos pela Lei 744, de 7 de abril de 1967, sancionada pelo então prefeito Walchir Jésus Resende Costa. Os outros são: Sexta-feira Santa (data móvel, da mesma forma que Corpus Christi), São Justino, no dia 1º de junho, data em que se comemora o aniversário da cidade; e Nossa Senhora da Conceição, no dia 8 de dezembro, esta padroeira da Diocese. 

Os feriados municipais, todos de cunho religioso, têm origem no Decreto-Lei nº 86, de 27 de dezembro de 1966, assinado pelo Marechal Humberto Castelo Branco, com o objetivo de diminuir a quantidade de dias santos de guarda, já que, segundo a justificativa do então presidente da República, a constante paralisação do trabalho tinha reflexos negativos na economia e nas finanças do país.

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