Problemas em bairros de Divinópolis são destaques na Tribuna da Câmara

Falta d’água e de posto de saúde foram as principais reclamações de líder comunitário

 

Flávio Flora

O líder comunitário do bairro Jardim das Oliveiras, Paulo Sérgio Machado, usou a Tribuna Livre da Câmara para reclamar atenção e apoio dos vereadores para a região do seu bairro, e os vizinhos, Candelária, Prolongamento Bom Pastor e mais dois conjuntos habitacionais, onde estima morar mais de 14 mil pessoas.

Ruas esburacadas que dificultam o trânsito local, e inexistência de um posto de saúde que atenda a região, são alguns dos problemas relatados.

— As pessoas têm que atravessar a rodovia, sob risco de acidente, para ser atendido no posto do Bom Pastor. Eu acho um absurdo uma população dessa não ter uma unidade de saúde — reclamou Paulo Sérgio.

Na Tribuna, ele comentou também que a obra de contenção do rio Itapecerica, que estava erodindo parte da via de acesso ao Candelária, realizado pela prefeitura depois de oito anos de espera, “é paliativa” e a comunidade continuará esperando a obra definitiva.

Outras demandas

Outro problema denunciando pelo líder do Oliveiras refere-se ao CMEI, cuja escola está em imóvel alugado e sem as mínimas condições para funcionar com dignidade.

A Copasa também foi alvo de denúncia, porque não abastece a região o suficiente e não fiscaliza os hidrômetros que funcionam mesmo sem ter água fluindo por eles, o que, segundo Paulo Sérgio, quase triplicou sua conta, ressaltando que “a gente paga água, mas recebe ar”. Ironizou, afirmando que Copasa e a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Agua e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG), se complementam: “Entra Copasa, Ar sae”

Acesso

O tribuno também criticou a Nascentes das Gerais e os políticos por não tomar providências no acesso seguro aos bairros da sua região, que obriga os estudantes a atravessar a rodovia em horário de pico, sujeitos a fatalidades, por não se arriscar no apertado e escuro túnel sob a rodovia.

No encerramento de sua fala, invocando sua condição de servidor público há 16 anos, Paulo Sérgio afirmou que está passando da hora da Prefeitura realizar uma reforma administrativa e reduzir seus cargos comissionados.

— Entendo que se essa reforma não se concretizar, o prefeito Galileu Machado não vai ter dinheiro para gastar na periferia. Isso é mais que óbvio, mas é preciso ser falado — desabafou. (FF)

 

 

 

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