Presos suspeitos matar 3 e ferir 9 em ataque a clínica de recuperação em Divinópolis

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O que restou no cômodo onde as vítimas foram queimadas vivas (Foto: Ricardo Welbert)

Ricardo Welbert

A Polícia Civil anunciou na manhã desta terça-feira, 31, a prisão de suspeitos de atear fogo a uma casa usada para recuperação de viciados em drogas em Divinópolis. Durante o crime, ocorrido no dia 26 de abril, três vítimas não conseguiram deixar o imóvel e foram queimadas vivas até a morte.

Ainda não há detalhes sobre os suspeitos presos. A Polícia Civil informou que as informações serão repassadas a jornalistas pelo delegado Vivalde Levilesse Júnior durante uma coletiva de imprensa marcada para as 15h na sede da delegacia regional.

Além dos três mortos, nove pessoas ficaram no atentado à clínica de recuperação "Resgatando os Cativos", projeto social voltado à reabilitação de dependentes de álcool e crack. O ataque ocorreu por volta das 22h de 26 de abril no imóvel, que fica à rua Soldado Geraldo Fernandes, 700, no bairro Itacolomi.

Segundo as primeiras informações divulgadas pela Polícia Militar (PM), ao menos oito criminosos arrombaram um portão, foram até onde alguns internos estavam dormindo e efetuaram vários disparos de arma de fogo para cima. Em seguida, atearam fogo no local e fugiram.

Os três mortos foram identificados, a princípio, apenas como Ricardo, de 54 anos; Juscelei, 37; e Leonardo, 32. Com o incêndio, eles não conseguiram escapar, ficaram presos debaixo de camas e morreram carbonizados entre os escombros.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros socorreram ainda nove feridos com idades entre que variam entre 27 e 55 anos (veja a relação abaixo). Ainda não há informações sobre para qual hospital essas vítimas foram levadas. 

Busca pelos autores

A Polícia Militar PM informou no dia seguinte ao crime que seguiu no rastreamento dos criminosos e orientou a população a colaborar com o trabalho da polícia e fazer a denúncia via Disque Denúncia (181) ou pelo diretamente pelo 190 da Polícia Militar. Não era necessário se identificar.

Local era irregular

De acordo com a Prefeitura de Divinópolis, o projeto social não possui o alvará de funcionamento obrigatório pela Vigilância Sanitária.

Chamas destruíram parte da estrutura (Foto: Ricardo Miranda/TV Alterosa)

Investigações

A perícia da Polícia Civil esteve no local. De acordo com o delegado Marcelo Nunes Júnior, a principal hipótese era de que o ataque não tenha tido o objetivo de matar alguém específico, mas sim de assustar os integrantes da clínica. 

— Trabalhamos com a hipótese de os autores tenham sido moradores da região. Havia muitas reclamações da vizinhança, de vários moradores e representantes do bairro, que afirmaram que desde que a clínica foi instituída no local começaram a ocorrer arrombamentos e furtos a residências no entorno. Essa é uma linha plausivel — disse o delegado à ocasião.

Lista dos socorridos, segundo a PM 

A. F .K. S., 34 anos.
W. G. P. J., 39.
C. F. B., 39.
S. H. S., 55.
P. R. A., 41.
R. C. F., 48.
M. E. S., 27.
T. A. B., 47.
J. A. J. R., 37.

 

Imagem de satélite mostra local onde fica clínica atacada (Foto: Google Maps/Reprodução)
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