Presença de estudantes marca sessão plenária

Vereadores também atuam nas escolas

 

Marília Mesquita  

Na reunião da Câmara de ontem, as cadeiras disponíveis no auditório para os divinopolitanos estavam todas ocupadas, como em poucas vezes. Os visitantes eram estudantes do Colégio Roberto Carneiro. A escola vem levando alunos à Câmara desde agosto, quando teve início o projeto “Cidadão do Mundo”. Estavam presentes também 240 alunos do Centro Educacional Criativo (Cecri), que a convite do vereador Elton Tavares (PEN), foram conhecer como são regidas as atividades na Casa.  

Segundo o vereador, primeiro o Cecri entrou em contato para cumprir com uma etapa do projeto “Cidadania”, onde simulam todo o processo de eleições municipais. Assim não só ele, mas outros vereadores também foram na escola para falar sobre o papel que devem cumprir no município.  

— É importante essa consciência política. Estamos precisando cada vez mais de gente honesta e patriota. Nada mais certo do que investir na educação desses jovens. Se eles estão interessados em política, vamos abrir a Câmara e os poderes para eles — diz.   

 Escola na Câmara  

Gabriel Tavares, de 15 anos, cursa o 1º ano do ensino médio e conta que o projeto no Colégio Roberto Carneiro é fragmentado para a atuação dos estudantes em diversas áreas sociais da cidade.  

— Os grupos de trabalho voluntário podem ser em entidades de caridade ou na política. Aqui, nós assistimos a reunião e fazemos anotações sobre nossas impressões — explica.   

Para Luciano Bueno, 14, estudante do 9º ano do ensino fundamental da mesma escola, a presença dele nas reuniões tem despertado maior interesse e consciência quando o assunto é política.  

— Agora eu sei o que está acontecendo na minha cidade e em casa eu repasso isso à minha família — pondera.  

João Vítor Mora, 16, ao completar as explicações dos colegas, diz que o trabalho não fica só dentro da Câmara. A fiscalização continua nas atividades que não são transmitidas pela televisão.  

— A gente “puxa a ficha” deles para saber o que realmente estão fazem pela cidade. Se são somente palavras ditas dentro do plenário ou se atuam na comunidade — revela. 

Depois de ouvirem palestras, organizarem chapas e uma eleição para a próxima terça-feira, 19, o diretor administrativo do Cecri, Ademilson Cunha, fala que alunos entre o 6º ano do ensino fundamental e 2º ano do ensino médio foram vivenciar uma reunião ordinária.  

— O projeto desperta o papel do cidadão. O ser humano é político e precisa vivenciar a questão social como um todo, para além de que política é apenas votar — esclarece.  

Câmara na escola  

Em uma parceria entre a Escola do Legislativo e o programa “Cidadania e democracia nas escolas”, regulamentado pela resolução 541, os vereadores vão às escolas para, através de uma palestra e brincadeiras educativas, despertar a política nas crianças e adolescentes. Para Cleiton Azevedo (PPS), autor do projeto, o resultado tem sido satisfatório.  

— Já fomos em dez escolas neste ano e é ótimo perceber o interesse e a preocupação que os estudantes demonstram a partir das perguntas que fazem. Para mim, a política só vai mudar através dos jovens. Então é importante levar cidadania e política através do patriotismo e do amor pela cidade que vivemos — explica.   

A vereadora Janete Aparecida (PSD), presidente da Comissão de Educação, diz que tem sido cada dia mais comum o contato entre alunos e parlamentares.   

— Temos visto mais participação de escolas na Câmara e muitos vereadores têm ido às escolas. Esse trabalho é interessante para mostrar que a Câmara é um lugar sério e existem trabalhos importantes sendo feitos aqui. É importante também para acabar com a ideia de que político não faz nada, porque a gente trabalha bastante — pondera.   

Toda escola pública ou particular pode agendar uma visita dos vereadores na instituição de ensino. Basta entrar em contato com a Câmara. As palestras acontecem durante o horário de uma aula regular e podem estar presente um ou os 17 vereadores.                         

 

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