Prefeitura e sindicatos não chegam a acordo sobre gatilho salarial
Da Redação
A Prefeitura de Divinópolis, o Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro Oeste de Minas Gerais (Sintram), o Sindicado dos Trabalhadores na Educação Municipal de Divinópolis (Sintemmd) e a comissão de servidores não chegaram a um acordo sobre o pagamento do gatilho salarial. A reunião para discutir o assunto foi realizada na tarde de ontem, 23, no gabinete do prefeito Galileu Machado (MDB). Em um vídeo publicado na página do Sintram no Facebook, a presidente do sindicato, Luciana Santos, informou que o Executivo e os sindicatos não conseguiram chegar a um denominador comum sobre a reposição salarial.
Campanha
O Sintram e o Sintemmd começaram a campanha salarial 2019 em janeiro. Os sindicatos reivindicam o pagamento do gatilho, de 4,59%, mais 3,86% referentes às perdas de 2017, além de ganho real de 5%. Este foi o primeiro encontro realizado entre a Prefeitura e os sindicatos. Em nota, o Sintram disse que a reunião foi solicitada no dia 25 de março, e que até a semana passada o Executivo não havia dado nenhum posicionamento. Segundo o Sintram, neste período, os diretores do sindicato fizeram visitas periódicas à Prefeitura, na tentativa de estabelecer o diálogo, mas a Administração vinha ignorando os apelos dos sindicalistas.
Assembleia
No vídeo postado na página do Sintram, Luciana convoca os servidores municipais para a assembleia, que será realizada na próxima segunda-feira, 29, para que sejam definidos “os caminhos” que serão seguidos. Ainda segundo a presidente, nenhuma reivindicação, como junção de pastas e redução de cargos comissionados no Executivo, apresentadas pelos sindicatos, foram aceitas pelo secretariado que participou da reunião representando o prefeito.
— Como vocês já sabem, é tudo decidido por assembleia. Nesse momento é muito importante ter união, então nós esperamos vocês [servidores municipais], na segunda-feira, às 18h no Sintram, para que, em assembleia, nós possamos decidir o caminho da nossa campanha salarial 2019 — reforça.
Prefeitura
Ao Agora, a secretária municipal de Fazenda, Suzana Dias Xavier, informou que foi solicitado aos sindicatos que adiassem a campanha do gatilho salarial, uma vez que o Governo do Estado não fez nenhum repasse ao Município referente à dívida de 2018 e janeiro de 2019. Segundo ela, caso o reajuste de 4,59% fosse concedido aos servidores municipais, a folha de pagamento aumentaria cerca de R$ 18 milhões. Atualmente, a folha custa aproximadamente R$ 21 milhões para o Executivo.
Nesta segunda-feira, 22, o Município havia alegado que não tinha se aberto ao diálogo com os sindicatos por falta de previsão de pagamento da dívida que o Executivo Estadual tem com a Prefeitura. Ainda segundo o Executivo Municipal, a reunião só foi possível devido ao acordo assinado entre Governo do Estado e municípios, no dia 4 de abril.