Prefeitura confirma mais três mortes

Secretaria alerta para risco de desassistência caso população não siga regras sanitárias

Da Redação

Divinópolis chegou às marcas de mais de 3 mil casos confirmados e 85 mortes por covid-19. Os dados são do último boletim epidemiológico, divulgado ontem, referente à doença. Atualmente, o município encontra-se, na macro e microrregião, na onda amarela do programa estadual Minas Consciente. Conforme alertam representantes da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), caso o ritmo de avanço do coronavírus continue, a regressão para a onda vermelha é certa. Apenas ontem, a Prefeitura confirmou três mortes na cidade.

Mortes

Conforme divulgado nesta segunda-feira, três moradores de Divinópolis perderam as vidas nos últimos dias 4, 6 e 12 deste mês, em decorrência da doença. A primeira vítima, uma idosa de 81 anos, morreu após três dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Complexo de Saúde São João de Deus. Ela tinha doença cardiovascular crônica, asma e demência. 

O segundo óbito registrado foi de um homem, de 85 anos, que tinha diabetes. Ele ficou cinco dias internado na UTI do Hospital Santa Mônica e não resistiu.

Por fim, no sábado, 12, uma mulher, de 69 anos, com doença cardiovascular crônica e artrite reumatóide também morreu no Santa Mônica. Ela estava na UTI desde o dia 17 de novembro.

Alerta

O cenário, segundo a Vigilância em Saúde, é crítico. “Os indicadores de incidência e de ocupação hospitalar nunca estiveram tão altos”, afirma o departamento.  

— O município de Divinópolis se encontra no pior cenário da pandemia de covid-19, desde o mês de março de 2020 — comunicou, em nota.

O alerta foi emitido no domingo, 13, quando dois hospitais de Divinópolis alcançaram ocupação máxima no CTI para atendimento a pacientes com a covid-19, destacou o Município.

— Os outros dois hospitais da cidade estão com ocupação de leitos de UTI covid-19 acima de 75% — explicou.

— Já nos setores de enfermaria, dois hospitais já estão com 100% de ocupação. E outro hospital com 83% —acrescentou o informativo.

Preocupação 

A Vigilância ainda ressaltou sua preocupação com o número de profissionais disponíveis para atendimento nas unidades hospitalares.

— Muitos profissionais de saúde estão adoecendo e se ausentando com licenças médicas. Os serviços de saúde estão com dificuldades de contratar profissionais de saúde para repor os que adoecem — destaca.

Recomendações

Diante do cenário crítico, o órgão recomenda que as confraternizações de fim de ano ocorram de forma virtual.

— É necessário que a população colabore, respeitando as regras sanitárias, como uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento social. É fundamental a colaboração da população para evitar a disseminação ainda maior da doença e o colapso do sistema de saúde — citou.

Caso contrário, os indicadores devem continuar a subir.

— Se a situação continuar se agravando, muitas pessoas podem ir a óbito por falta de assistência médica — finalizou.

Quase no topo

Divinópolis registrou, na semana passada, entre os dias 5 e 11, o segundo maior número de casos confirmados de coronavírus, 216 – atrás apenas da semana anterior, quando foram confirmados 288. Os dados referentes aos casos suspeitos não foram atualizados desde sexta-feira, são 22.223 notificados. Há 3.017 confirmações – sendo 2.601 recuperados –, 1.314 descartados e 85 mortes; 174 amostras estão em análise.

Ainda de acordo com o boletim, 63 pacientes com quadro sintomático para a doença estão no setor de enfermaria e 38 em Centros de Terapia Intensiva (CTI). A taxa de ocupação de leitos exclusivos na rede suplementar está em 71,9% com apenas nove vagas disponíveis; na rede SUS, é de 42,9%. Nos leitos dedicados a pacientes com outras enfermidades a taxa de ocupação é de 89%. Pelo SUS, não há vagas – e apenas oito na rede suplementar. 

 

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