Preço médio da cesta básica cai 6,82% em Divinópolis

Valor é o menor em 20 meses

Pablo Santos

Os alimentos básicos dos divinopolitanos ficaram 6,82% mais baratos em agosto, influenciados pelo tomate, feijão e açúcar. Além da queda, o valor médio da cesta básica analisado pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nupec) da Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (Faced) registrou o menor valor em 20 meses nos supermercados da cidade e a maior queda desde julho de 2015.

Os números apontam para queda expressiva quando se compara com os últimos dois anos. A retração em agosto, 6,82%, é maior em 24 meses e superou agosto de 2015, quando o declínio do conjunto de alimentos chegou a 6,25%. No entanto, não superou julho do mesmo ano, quando a cesta chegou a cair 9,47%.

Outro número positivo é o valor do conjunto de alimentos. Custando R$ 308,57, a cesta registrou o menor valor desde outubro de 2015, quando a cesta estava cotada a R$ 310,59.

Com a diminuição, o valor da cesta já acumula uma variação negativa de 8,8% em 2017. Já em 12 meses os alimentos básicos apresentaram queda maior 14,57%.

Produtos

Três produtos contribuíram para a queda do custo da cesta em agosto. O tomate assinalou o maior declínio, de 38,84%, acompanhado do feijão a 21,49% e do açúcar: 9,96%.

— Depois de registrar dois meses de quedas consecutivas e forte elevação em julho, o tomate voltou a influenciar decisivamente o comportamento de queda da cesta em agosto. Com uma maior oferta do produto no mercado, o preço recuou expressivamente em quase todo o país. Em Divinópolis, o preço médio do tomate em julho era de R$ 4,81 já em agosto registrou-se um valor médio de R$ 2,94 — explicou economista Leandro Maia, coordenador da pesquisa.

Já o decréscimo do feijão está relacionado com a importação. Segundo Leandro Maia, o preço do feijão foi afetado diretamente pela normalização da disponibilidade do feijão carioca acrescida de uma maior oferta causada pela importação do feijão preto.

Já a queda no preço do açúcar está atrelada ao mercado externo.

— O período de safra e a queda da cotação do preço do açúcar no mercado internacional repercutiram numa maior oferta do produto internamente, gerando quedas dos preços em todas as regiões do país — afirmou.

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