Preço do tomate não dá sinais de recuo

Valor nas alturas se mantém há pelo menos dois meses

Jorge Guimarães 

Mesmo estando com o preço salgado há pelo menos dois meses, quem vai aos supermercados e sacolões ainda se assusta com o preço do tomate. O pior é que não é somente ele, o pimentão também subiu quase ao mesmo patamar, bem como a batata inglesa. No entanto, o recordista é mesmo esse fruto vermelho que a maioria da população não vive sem. O Agora foi ontem a alguns pontos de venda e constatou que o preço do quilo do tomate está mesmo nas alturas: era comercializado a R$ 7,99, em loja de supermercado, quase o custo de um quilo de frango, congelado, in natura, que custa R$ 8,78, o no menor valor.

 

Preços

A realidade é que os valores de alguns itens dos hortifrútis estão nas alturas, como o quilo do pimentão verde, que sai pela bagatela de R$ 6,99. A batata inglesa era vendida a R$ 3,99, mesmo preço da cebola roxa e da batata doce, enquanto a cenoura vermelha custava R$ 3,49.

— Esses preços devem continuar até o fim do ano, devido à pouca oferta no mercado. É a lei da oferta e da procura — analisa o gerente de uma das lojas, Walter Wagner.

A comerciária Patrícia Souza disse que diminuiu o consumo.

— Lá em casa temos o hábito de consumir todos os dias o tomate. Uso na salada, em molhos e nas massas. E, para não ficar sem, estou comprando aqueles sachês de molhos de tomate, que saem mais em conta. Mas também para variar os sabores, trocamos a macarronada à bolonhesa para um macarrão alho e óleo, pois o preço das carne também está pesando no nosso bolso — disse.

 

Pesquisa

Neste momento de preços altos, a pesquisa é a maior arma do consumidor, conforme especialistas. Para o empresário do ramo de alimentação Paulo Santos, ficar de olho nas promoções é a melhor opção, ainda mais que o tomate é um dos carros-chefes de muitos cardápios. 

— Não só eu, mas peço a todos os nossos colaboradores ficarem atentos nas promoções variadas, que se espalham pela cidade, seja no mercadinho de bairro, sacolão ou supermercado. Mas sempre prevalece que a qualidade dos pratos não caiam, pois temos clientes tradicionais e outros que estão chegando. Nesse sentido, sem aumentar muito os preços do cardápio, vamos nos adaptando ao mercado — avaliou.

 

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