Preço do feijão nas gôndolas dispara

Jorge Guimarães

Quem foi aos supermercados nas últimas semanas, levou um susto em relação quando chegou na gôndola para conferir o preço do quilo do feijão carioquinha, um dos mais consumidos. Para se ter uma ideia do aumento, no fim de janeiro, a reportagem esteve nos supermercados e constatou que o item era comercializado por preços entre R$ 2,59 e R$ 7,79. Ontem, os valores variavam de R$ 3,19 a R$ 8,99, configurando um aumento de 15,40% em pouco mais de 15 dias.

Causa

O país deve colher 2,929 milhões de toneladas de feijão em 2019, uma queda de 1,5% em relação ao resultado do ano passado, segundo os dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aí entra a velha e conhecida lei da “oferta e da procura”, e, pelo visto, a tendência é que os preços devem diminuir depois do período chuvoso, entre julho e outubro. 

— Ainda bem que estoquei um pouco. Os preços estão nas alturas e não é só do carioquinha. No sábado, vim comprar feijão preto, para a tradicional feijoada em família. O preço estava girando em torno dos R$ 12 e hoje voltou a baixar, vai entender essa política de preços dos empresários — fala a dona de casa Maria Aparecida Costa.

Arroz

E, com o pacote de 5 quilos do arroz agulhinha variando entre R$ 9,49 e R$ 17,80, o tradicional arroz com feijão do nosso dia a dia vai pesando ainda mais no bolso do brasileiro.

— Atualmente, empresários do ramo de alimentação têm que se reinventar a cada dia. Não podemos repassar estes aumentos diretamente para o nosso cliente, pois, se as coisas já estão difíceis, imagina perder compradores. O jeito é controlar na quantidade, ou, mesmo, mudar o cardápio. Como no meu caso, que comercializo pratos do tipo executivo, a saída, em alguns dias da semana, é mudar as opções. E assim vamos levando até o preço baixar novamente — analisa o empresário do ramo de alimentação Paulo Santos.

Comentários