Preço do feijão em alta e arroz estabilizado
Cotação do dólar contribuiu para a alta; expectativa é redução
Da Redação
Se há cerca de um ano, com o início da pandemia, a corrida da população para se abastecer levou a disparada dos preços de alimentos básicos como feijão e arroz, a realidade do consumidor, nos dias de hoje, é um pouco diferente. Assim, o mercado se restabelece diante do aumento ou queda do consumo.
Atualmente, o arroz e o feijão estão com preços equivalentes à lei da oferta e da procura. Depois de altas sucessivas, o preço do arroz se estabilizou e, hoje nas gôndolas, o consumidor encontra o pacote de cinco quilos do arroz agulhinha, tipo 1, de R$ 19,90 a R$ 27,90, conforme a marca. Já o preço do feijão, em alguns tipos, teve alta em média de 5%. O mais consumido e tradicional, o feijão carioquinha era sendo comercializado em loja de rede de supermercado entre R$ 3,49 a R$ 7,69. Já os outros tipos como o feijão vermelho saia a R$ 8,99, o rosinha a R$ 9,69, o jalo a R$ 9,49 e preto a R$ 8,79.
— O aumento, em especial dos preços do feijão se dá pela cotação do dólar e as exportações do milho de soja que dispararam, e a área de plantio do feijão foi menor. A previsão é que a safra chamada safra das águas, que começa a ser colhida agora em maio possa equiparar o preço do feijão ao praticado no começo do ano — avalia o economista Leonardo Maia.
Para a dona de casa Hercília Alves, o caldo de feijão é tradição nas noites frias de inverno.
— Lá em casa é lei. O caldo de feijão nas noites frias sempre é bem-vindo. Mesmo com o preço alto, a gente divide a comilança entre todos — disse.
Feijoada
Se o arroz com feijão não pode faltar na mesa do brasileiro, outra iguaria tradicional, ainda também bem consumida no inverno, a feijoada é o um dos principais pratos aos fins de semana. Mas o preço está salgado em seus principais ingredientes. O pacote de 400 gramas da linguiça calabresa, em promoção, custa entre R$ 11,98 e R$ 12,90, conforme a marca escolhida, o paio, também no pacote de 400 gramas é vendido a R$ 12, 98. Já o quilo do bacon tradicional está a R$ 29,90 e o elaborado por pernil a R$ 39,90.
— O preço do feijão é regido pela oferta e procura. Assim, dependendo do resultado do campo o mesmo se registra nas gôndolas dos pontos de vendas. Mas a tendência é de queda, com o preço voltando ao que era praticado há alguns meses — avalia o gerente de loja de supermercado, Walter Wagner.