Preço da carne na cidade dispara

Aumento chegou a 15%; consumidor tem mudado o cardápio

Da Redação 

Após o preço elevado do arroz e do óleo de soja, agora é a vez da carne – tanto bovina quanto suína – pesar no bolso do consumidor, que tem optado por substituir o produto. As alternativas, para muitos, são as carnes brancas, como o frango e, às vezes, em ocasiões especiais o peixe. Mas como o mercado é regido pela lei da oferta e da procura, o custo do frango também está subindo aos poucos. Segundo especialistas, a razão do aumento das carnes bovina e suína é a desvalorização do real perante o dólar, o que faz com que o produtor e indústria optem por exportar seus produtos.  

— O aumento dos preços das carnes teve início realmente em 2019, quando a China aumentou sua compra de carne suína do Brasil. O fator mais recente é a desvalorização do real frente ao dólar, o que faz com que produtores e indústria prefiram a exportação, a abastecer o mercado interno. Outro item a citar é que estamos na entressafra dos rebanhos de gado, que é entre os meses de setembro e outubro, quando há menor oferta de animais — avalia o especialista em gestão organizacional, Jefferson Thonpson.    

Preços

A reportagem esteve em um supermercado ontem à tarde para fazer uma pesquisa de preços. A constatação do aumento aconteceu, porém, algumas peças estavam com valores promocionais, como a maçã de peito e o acém, sendo comercializados a R$ 21,90, fraldinha a R$ 26,90, lagarto, R$ 27,90. Já a chã de fora era vendida a R$ 26,90 e a de dentro a R$ 27,80, alcatra R$ 32,90 e contrafilé a R$ 35,90. Já entre as carnes suínas, também com preços em promoção, a costelinha era comercializada a R$ 16,90 e o pernil sem osso a R$ 18,90. 

— A tendência é que os preços se estabilizem nos próximos dias. Mas, com a chegada das festas de fim de ano, a carne suína pode ter algum aumento — disse o gerente do estabelecimento, Walter Wagner.  

Opções

Nesse cenário de aumento de preços, a opção para o consumidor pode ser substituir a carne por outro alimento. E essa tem sido a escolha da dona de casa Odete Oliveira.

— Estou levando frango, e assim mesmo faço pesquisa e procuro comprar sempre nas promoções. Nos almoços de domingo, um peixe frito e salada cai bem. E assim vamos levando nosso cardápio — disse.   

Em um tradicional açougue da cidade o costelão de boi saía por R$ 18 o quilo. Já o acém e o charneiro estavam R$ 23,99 e o patinho dianteiro, R$ 26,99. Do lado suíno, em promoção, só o pernil traseiro, a R$ 20,99.

— Está uma loucura o aumento de preço da carne bovina. É quase todos dos dias. Não só ela, mas também a suína e a de frango estão acompanhando a elevação. Para se ter uma ideia, a carne bovina teve um acréscimo médio de 15% no último mês. E na carne suína os produtores rurais, daqui até o fim do ano, projetam 25% de aumento, em média — disse o proprietário Kilderson Neylon de Oliveira.  

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