Prazo de validade vencido

Bob Clementino 

Para alguns vereadores, o prazo de validade de seus mandatos terminará em 2020. Alguns eleitores, desencantados, gostariam de ter o direito de “desvotar” ou anular voto dado a quem, no mandato, causou decepção.

Para isso, a ideia é aperfeiçoar o sistema da urna eletrônica, de modo a emitir um comprovante “futurista”, permitindo ao eleitor retirar (ou até confirmar) seu voto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Poderia ser até mesmo alternativa de via rápida ao impeachment. Teses.

Não tem Azul no nosso espaço aéreo!

Promessas do meio do ano de 2019 de que a companhia aérea Azul retomaria os voos comerciais aqui em Divinópolis pulularam na mídia da cidade. Manchetes anunciaram: “Azul vai voltar a operar voos em Divinópolis, após Infraero anunciar gestão do aeroporto”. Em solenidade no próprio aeroporto, no mês de julho de 2019, para assinatura de contrato, outro sinal de esperança: “Azul brevemente estará ligando Divinópolis a Campinas”; mais notícia: “Azul começará a operar em Divinópolis a partir de 2020”. Mas, até hoje, azul, em Divinópolis, só o céu! E sem mais qualquer explicação ao potencial usuário, que ainda precisa recorrer a Belo Horizonte para viagens aéreas.

Estão enganando você!

Se você, eleitor, contribuiu para a eleição de algum vereador em Divinópolis, na esperança de que ele fosse fiscalizar, acompanhar as ações do prefeito, vigiar o uso do dinheiro público, pode ter sido enganado. Segundo denúncias dos próprios vereadores, há alguns que se venderam ao alcaide e estão presos na gaiola da rua Paraná. Mas a oportunidade para mudar essa relação promíscua entre edis e prefeito chega com as eleições de 2020. Analise bem!

Bato e assopro

Uma das coisas mais reconfortantes é ser parado na rua por leitores que elogiam ou criticam as notícias da coluna, aqui no jornal. Na quarta-feira, 12, uma leitora se mostrou confusa com o meu posicionamento jornalístico em relação à Administração Galileu Machado (MDB). Disse ela que às vezes eu afirmo que, se o prefeito tivesse nas mãos os R$ 120 milhões tocantes à Prefeitura, retidos por governadores nos cofres do Estado, ele transformaria a cidade em canteiro de obra.

Mas, em outros textos, eu afirmo que “Galileu em campanha, fez promessas que se reelegesse dez vezes, não conseguiria cumprir”.

Explico

De fato, se os governadores não tivessem segurado os R$ 120 milhões a que a prefeitura tem direito, o prefeito Galileu Machado teria mesmo realizado muitas obras na cidade, principalmente na área da saúde, mas este valor jamais seria suficiente para cobrir o custo de tantas promessas que, durante a campanha eleitoral, o atual prefeito garantiu que faria.

Em tempo

Na coluna passada, enumerei algumas ações que podem eleger um candidato a prefeito e deixei de mostrar a que se refere à Câmara Municipal. Leitor que acompanha esta coluna sabe que mais ou menos 49% do orçamento municipal são gastos com a folha de pagamento dos servidores municipais e que mais ou menos 38% vão para Saúde e Educação.

Assim, ou se fazem obras ou se paga aos servidores. As duas coisas, concomitantemente, não são possíveis. Daí, acrescento: será eleito prefeito aquele candidato que convencer os vereadores a reduzirem à metade as despesas da Câmara Municipal, que hoje são de R$ 80 milhões anuais. Se a Casa Legislativa aceitasse devolver à Prefeitura o valor economizado, asseguraria melhor futuro para a cidade. Será que os edis topariam abrir mão dos exageros e mordomias?

Sinuca de bico

O deputado Fabiano Tolentino (CDN) – que só assumiu o mandato na Câmara Federal porque o tucano Marcos Pestana não quis a vaga deixada pelo deputado federal Bilac Pinto (DEM), que assumiu a Secretaria de Governo na administração Romeu Zema (Novo) – está de orelha em pé . É que zum-zum nos corredores do poder estadual dá conta de que o Governador Zema não está satisfeito com a performance de Bilac na articulação política e pensa em exonerá-lo, colocando em seu lugar um outro político que possa melhorar a interlocução entre o Executivo e o Legislativo em Minas Gerais. Se esta notícia se confirmar, Bilac Pinto volta para Câmara Federal e Tolentino “dança”.

Sem mandato, Fabiano estaria diante de outro desafio: candidatar-se prefeito de Divinópolis, ou não.

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