Pra rua

Deve ser o destino de quem possui ou aluga barraca no Centro de Comércio Popular, o camelódromo. Por questões irregulares, a Prefeitura deu um ultimato a eles dando prazo até 1º de dezembro para desocuparem o quarteirão fechado entre as avenidas 1º de Junho e a Getúlio Vargas.  O dono de um espaço particular próximo ao local está oferecendo um prazo de isenção para que o grupo possa se transferir para lá. Mas, adivinha, vão querer sair de pontos estratégico na véspera das compras de fim de ano? Vão voltar para as ruas, que já estão cheias dos seus sucessores.

Irredutível

Mesmo com o risco de engrossar a quantidade de ambulantes nas ruas, o prefeito Galileu Machado (MDB), segundo fontes, não vai voltar atrás. O chefe do Executivo está mesmo disposto a deixar livre o quarteirão fechado e, ao mesmo tempo, não se indispor com o empresariado e com a Justiça. Lá, em outro espaço ou nas ruas, não importa. Boa parte de quem está ali não é para ver a hora passar nem o movimento da região central da cidade, mas para sustentar a família.

Irregulares

Entre as irregularidades citadas pela Prefeitura estão os aluguéis das barracas. Alguns proprietários estão em outras ocupações ou em casa e passaram o ponto para terceiros. Isso significa que das cerca de 60, apenas 45 estariam regulares. No entanto, eles não são 100% culpados. Se houvesse fiscalização adequada, a situação poderia ser diferente. Na realidade, esta vistoria há anos deixa a desejar.

Ilegal

Há anos, as barracas nas ruas eram e são motivo de reclamação, isso é fato. Mas de mal estruturado virou comércio ilegal.  Nas barracas se compra de tudo e muitos produtos considerados um risco à saúde da população, como medicamentos. Entretanto, a culpa neste caso é dividida: dos que vendem, mesmo sabendo da ilegalidade (porque não todos), e do Executivo e outros órgãos, que não fiscalizam. Além da Prefeitura, a Receita Estadual e a Polícia Federal estão inseridas nesta ação, devido à gravidade das denúncias. Mas não é a primeira vez. Se vai resolver a situação, desta vez, ainda há dúvidas.

Agressões

E é bom que as providências sejam acertadas e tomadas com urgência, pois o clima no camelódromo é pesado. Os vendedores que possuem barracas alugadas fizeram um abaixo-assinado para entregar à Prefeitura, discordando da decisão da transferência. Porém, alguns, que são proprietários, discordam, o que está gerando bate-bocas, agressões verbais e, pelo presenciado pela reportagem do Agora, quase físicas. Enquanto gravava com o presidente da Associação do Centro de Comércio Popular, ..., ele foi xingado e quase agredido por um dos ambulantes.  Por pouco não sobrou para a equipe que gravava com ele. Muito tenso. Pode-se chamar de ‘barraco em meio às barracas’. Veja vídeo no Facebook e Instagram do Agora.

 

Sem pânico

Um simulado de prevenção de incêndio e pânico na Una Divinópolis assustou alunos e quem passava pela rua João Notinni e avenida 1º de Junho, na noite desta terça-feira. Houve muita especulação e informações desencontradas.  Mas, na verdade, a unidade informou que o procedimento é padrão e segue critérios - previstos em lei - que devem ser obedecidos pelas empresas brasileiras.  Durante o treinamento, foram utilizados todos os equipamentos de segurança exigidos para garantir o bom êxito.  Uma aluna, que fraturou o pé durante a ação, foi prontamente atendida pela instituição e passa bem. A UNA disse ainda que todos os órgãos envolvidos, como o Corpo de Bombeiros e a Prefeitura, foram comunicados previamente da ação. Então, está explicado.

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