Postos não funcionam no feriado e UPA atenderá só urgência e emergência

Rafael Camargos 

 

A crise que se instala na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Divinópolis se arrasta desde julho. São salários atrasados de médicos e outros profissionais, além da falta de materiais básicos de trabalho, por diversas vezes. E neste feriado a situação deve se agravar. Diferente de algumas datas comemorativas, em que a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) colocou para funcionar os postos de saúde, o morador que adoecer no feriado prolongado de Natal deve enfrentar alguns problemas, caso precise de atendimento na saúde pública. Isso porque, o Pronto Atendimento, continuará recebendo somente os casos de urgência e emergência de acordo com o protocolo de Manchester. O pior é que de acordo com a Prefeitura, os postos de saúde não irão funcionar no feriado.  

 

Situação 

 

Com o pagamento do salário atrasado, o corpo clínico deveria ter voltado a atender e acolher todos os tipos de casos que aparecem pedindo um diagnóstico na unidade, mas o atendimento ainda continua restrito, o que não seria de todo o errado. Por isso, as pessoas que chegam ao local, e não são classificadas como casos de urgência de emergência estão sendo direcionadas para os postos de saúde. 

Ainda com três meses de atraso nos pagamentos dos funcionários, faltando quitar os meses de outubro, novembro e dezembro, não é só esse problema que a UPA 24h enfrenta. Os fornecedores também estão com notas em atraso, os pacientes continuam jogados em macas nos corredores e ainda existe a falta de atendimento na atenção primária. 

 

O ex-superintendente da UPA, José Orlando Fernandes Reis, formalizou no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) uma denúncia dizendo que a Santa Casa de Formiga, não aplicou devidamente os recursos enviados pelo governo divinopolitano na unidade de saúde depois disso ele foi demitido e Geraldinho da Saúde assumiu o cargo.  

Baseada nesta declaração do ex-superintendente, a vereadora Janete Aparecida (PSD) protocolou na Câmara o pedido de uma instauração de CPI. 

Prefeitura

De acordo com a Prefeitura, os salários de setembro e outubro dos médicos da Santa Casa foram quitados com o dinheiro da emenda do deputado Domingos Sávio (PSDB), que já foi depositada e gasta. Prefeitura também quitou parte da dos custos de insumo, medicamentos e fornecedores.

A Prefeitura ainda frisou que os salários atrasados eram de 46 médicos da Santa Casa e que o restante dos servidores (município e Santa Casa) estão com salário em dia.

Sobre readequação de atendimento, ela continua não por qualquer tipo de ação dos médicos, mas por uma determinação do CRM que, em um documento oficial, vetou a manutenção de pacientes nos corredores e estabeleceu a necessidade de priorizar esses atendimentos.

 

Abre e fecha 

 

Não é só a saúde que não irá “funcionar”. A Prefeitura informou que não haverá atendimento nas secretarias. As atividades serão retomadas somente na terça-feira, 26. Os serviços considerados essenciais, como emergência do Sersam, Serviço Municipal do Luto e coleta do lixo, não irão sofrer interrupção. 

 

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