Porto Velho celebra

Augusto Fidelis

 

Porto Velho celebra 

O mundo nunca esteve plenamente em paz, porém, de tempos em tempos, a maldade humana se aflora e o orbe entra em turbilhão. Ao darmos uma espiada na história descobrimos que no fim do século XIX e começo do século XX as nações europeias passaram a investir fortemente na fabricação de armamentos. O aumento das tensões gerava insegurança, provocando o aumento de investimentos na área militar, com a probabilidade de conflito armado na região.

Por outro lado, França e Inglaterra dividiam as terras e nações africanas, apossando-se das partes mais produtivas, enquanto Alemanha e Itália ficavam com o osso. Tudo isso, somado a outros ingredientes, foi o estopim para a 1ª Guerra Mundial, iniciada em 1914, deixando um saldo de dez milhões de mortos e o triplo de feridos, além de ter destruído os campos agrícolas, a indústria e a economia mundial. Terminada a Guerra, em 1917, começa a Revolução Russa, liderada por Lênin e Trotsky.

Neste contexto, no dia 13 de maio do referido ano, na cova da Iria, em Portugal, a Mãe de Jesus aparece a três crianças, Lúcia, Francisco e Jacinta, às quais pede orações pela paz mundial, além de outras recomendações. Mas, em geral, todas as pessoas que se envolvem com as coisas de Deus passam por sofrimento. Na aparição do mês de agosto, as crianças não puderam encontrar com Nossa Senhora, pois estavam presas.

Nossa Senhora cumpriu a promessa de levar Francisco e Jacinta para o céu com brevidade. Os dois morreram vítimas da gripe espanhola, talvez um resquício da 1ª Guerra Mundial. Para adentrar ao mundo espiritual, todo aquele que nasce tem que morrer, e assim se livrar do corpo, que pesa a alma. Mas Lúcia viveu mais de 90 anos, dando adeus recentemente. 

As aparições de Nossa Senhora em Fátima se deram há 104 anos, mas a mensagem da Cova da Iria continua ecoando mundo afora, com toda força e vigor. Inclusive, em Divinópolis, as festividades comemorativas de tais fatos acontecem no bairro Porto Velho, onde o pároco, padre Reginaldo Martins Vieira, juntamente com todos os seus paroquianos, apesar das limitações que o momento requer, realizam nesta data uma festa maravilhosa, para celebrar a efeméride. Aliás, a abertura oficial aconteceu no último dia 2, com pouca gente na igreja, porém a mesma emoção e fervor quando da celebração do centenário das aparições.

Hoje, então, acontecerão missas às 6h, 9h, 12h, 15h e 19h, para que o maior número possível de fiéis compareça ao templo para agradecer a Deus pela vida e pedir proteção na caminhada. À noite, pelo menos, depois da missa, uma sopa de galinha, um caldo de feijão ou um pastel quentinho faz muito bem. Por tudo Deus seja louvado!

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