Polícia Civil prende em casa suspeito de matar taxista

Anna Lúcia Silva

Sete dias após ter se entregado à Polícia Civil e ser liberado,  o acusado de matar o taxista Paulo Santo, de 40 anos, foi preso ontem em Divinópolis. O crime ocorreu em fevereiro deste ano, quando o suspeito solicitou uma corrida e matou o taxista a facada no trajeto até sua casa. A prisão de Natanael Zeferino Saldanha, 19 anos, foi bem no início da manhã, quando ele se encontrava em sua casa no bairro São Roque. Agora, responderá pelo crime de latrocínio, cuja pena pode chegar a 30 anos.

Natanael se entregou espontaneamente na Delegacia Regional, no último dia 17, na presença de um advogado. No entanto, pela ausência do flagrante delito, ele foi ouvido e liberado em seguida. Na ocasião, o delegado responsável pelo caso, Vivalde Júnior, informou que tomaria as providências necessárias para tentar prender o suspeito.

— De posse da qualificação dele e considerando a necessidade de sua prisão para o seguimento das investigações, representamos pela prisão dele em virtude de decisão judicial — disse o delegado.

Apresentação espontânea

O rapaz confessou no dia em que se entregou que esfaqueou a vítima e deu detalhes do crime. De acordo com informações do delegado, imagens de câmeras de estabelecimentos privados divulgadas pela imprensa na semana anterior à sua apresentação foram fundamentais para o desfecho do caso. Na imagem que a polícia cedeu à imprensa é possível reconhecer o suspeito, que caminhava pela calçada trajando blusa clara e calça jeans.

O delegado informou que Natanael é morador do São Roque e, durante a oitiva, confessou o assassinato, mas negou o roubo.

— Sobre a subtração de pertences da vítima, estamos levando em consideração o depoimento de uma testemunha que mantém seu depoimento com convicção de que Paulo, ao pedir ajuda após ser ferido, teria afirmado que havia disso assaltado naquele momento. Por isso, vamos indiciar o investigado por latrocínio, cuja pena pode chegar a até 30 anos de reclusão — explicou o delegado.

Crime

O suspeito contou em depoimento que estava na rua desde as 21h e que passou pelo menos três horas fazendo uso de drogas. Por volta de 5h30, o investigado decidiu ir embora e, por isso, foi até o ponto de táxi na rua Goiás, entre Rio Grande do Sul e Bahia, e solicitou uma corrida até o São Roque.

As câmeras de estabelecimentos da região registraram o momento em que o passageiro entra no banco de trás do veículo. A corrida seguiu até a rua Novo México, onde o suspeito atingiu a região do pescoço da vítima com uma facada. O que era para ser mais uma corrida de fim de expediente para Paulo Santo se transformou um pesadelo para a família, que agora aguarda pela condenação do acusado.

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