Plataforma tríplice

João Carlos Ramos

Vivemos sujeitos a uma plataforma tríplice: espiritualidade, educação e saúde. O homem é, antes de tudo, alma humana, que como tal, anseia o desconhecido e intangível. A educação, fator preponderante da vida humana, sempre foi distinguida pelos faróis do conhecimento em todas as eras e culturas. Na antiga Grécia, berço da filosofia, podemos constatar por meio da história a devida importância da educação, herdada pela contemporaneidade. Seguindo nosso raciocínio, vemos a saúde em todos os seus níveis também como elemento fundamental para a existência e produtividade humana. Infelizmente, a sociedade moderna extrapolou seus limites libertários e, consequentemente, passou a colher suas devidas consequências. Numa breve análise de nosso tempo, mais especificamente do ano em curso, sentimos que tal plataforma se torna mais evidente e necessariamente eficaz. Nossa visão crítica é, ao mesmo tempo, encorajadora. O pilar da saúde foi fortemente abalado pela síndrome viral cognominada covid-19, com a qual convivemos atualmente. A ciência se ocupa em encontrar lenitivos provisórios, enquanto procura desenvolver a cura total para o mal que tanto nos aflige.

Infelizmente, há uma aparente pausa no processo de evolução educacional, atingindo de forma idêntica o pilar de sustentação maior, que é a espiritualidade. Trocando em miúdos: podemos ver escolas, outrora com pouca qualidade, sendo agora, totalmente entregues ao completo abandono, pela desmotivação da oferta e da procura. Também vemos uma sociedade entregue a uma política medicamentosa, sendo "adoecida pelos remédios" e morrendo prematuramente. Sem educação e saúde, torna-se, obviamente, alvo das ''aves de rapina''...

Analisando brevemente sobre o assunto dos canais ligados à espiritualidade, sabemos que há oportunismos múltiplos e a devastação se torna tríplice...

A maior doença é a depressão, causada pela pandemia. Tudo é vão, sem motivação! Muito temos a aprender com a ''educação pela pedra'': “(...) por lições; para aprender da pedra, frequentá-la; captar sua voz inenfática, impessoal (pela de dicção ela começa as aulas). A lição de moral, sua resistência fria ao que flui e ao fluir, a ser maleada; a de poética, sua carnadura concreta; a de economia, seu adensar-se compacta: lições da pedra (de fora para dentro, cartilha muda), para quem soletrá-la!'' (João Cabral de Melo Neto). Tenho dito para quem sabe ler e não procura subterfúgios, usando máscaras nas  palavras.

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