12/07/2018 09h50 - Atualizado em 12/07/2018 10h50

Perícia confirma: áudios com Galileu não tiveram montagens

Pollyanna Martins 

O prefeito de Divinópolis, Galileu Machado (MDB), prestou depoimento no Ministério Público, na quarta-feira, 11, sobre a oferta de cargo a Marcelo Máximo de Morais (Marcelo Marreco). O promotor Gilberto Osório, durante o seu depoimento, informou que o prefeito afirmou estar de consciência tranquila, pois não havia feito oferta ilícita do cargo.

Ainda segundo o promotor, Galileu disse que não havia escutado o áudio divulgado pelo seu ex-aliado. Osório revelou ao Agora que colocou o áudio para que o prefeito ouvisse e ele alegou que, em momentos da gravação, não dá para entender o que ele diz. Conforme contou o promotor, Galileu relatou que a nomeação de Marcelo Marreco seria feita com base na capacidade dele para exercer o cargo de coordenador de Abastecimento e Segurança Alimentar, na Secretaria Municipal de Agronegócios.

— Ele disse em seu depoimento que não nomeou o Marcelo para o cargo, porque perdeu a confiança nele — conta.

Sem montagem 

Gilberto Osório revelou também que o Instituto de Criminalística da Polícia Civil afirmou que não tem montagem nos áudios entregues por Marcelo Marreco ao Ministério Público. Segundo o promotor, o editor do Divinews, Geraldo Passos, também prestou depoimento na quarta-feira. Além do prefeito e de Geraldo, o autor das gravações também já foi ouvido por Osório.

Caso

No dia 24 de abril, Marcelo Marreco usou a Tribuna Livre na Câmara e denunciou uma suposta oferta ilícita de cargo feita pelo prefeito a ele. O ex-aliado de Galileu entregou cópias de um CD, com supostas gravações de telefonemas feitos entre ele e o prefeito; e entre ele e Geraldo Passos. Nos áudios, Galileu diz que Marcelo ficaria na “coordenadoria” e que ele não precisaria trabalhar. Além dos áudios, Marreco disponibilizou a cópia do decreto de sua nomeação.

Além do procedimento preparatório instaurado pelo MP, no dia 25 de abril, para investigar a oferta do cargo, a Câmara instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os áudios. 

Áudios

 

 

 

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