Pequenas empresas geram mais 80% do saldo de empregos em Minas Gerais

Resultado no segmento em 2021 supera 200 mil vagas

 

Da Redação

Oito em cada 10 postos de trabalho abertos em Minas Gerais em setembro foram criados pelas micro e pequenas empresas (MPE). O segmento fechou o mês com um saldo de 25 mil vagas, total 5,5 vezes maior que o das médias e grandes empresas (MGE). É o que mostra o levantamento realizado pelo Sebrae Minas com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

No acumulado do ano, o saldo total de empregos nas MPE mineiras supera 200 mil vagas. O setor de Serviços lidera a geração de empregos no segmento no período (78 mil), seguido pelo Comércio (47 mil), Indústria (42 mil), Construção Civil (28 mil) e Agropecuária (6 mil).

Somente em setembro, o saldo de empregos nas MPE teve uma queda de aproximadamente 13% em relação a agosto. Já no comparativo com setembro de 2020 houve um aumento em torno de 7%. Serviços manteve a média de 45% do saldo total de empregos nas MPE em setembro, com 11 mil postos gerados naquele mês. Na sequência ficaram a Indústria (6 mil), Comércio (5 mil), Construção Civil (3 mil) e Agropecuária (-179).

Belo Horizonte (5,5 mil), Uberlândia e Contagem (1,1 mil cada) seguiram com os maiores saldos de empregos nas MPE em setembro. Salinas, no Norte de Minas, Iturama, no Triângulo, e São Gonçalo do Rio Abaixo, na região central do estado, foram os municípios com o menor saldo naquele mês: -60, -49 e -45, respectivamente.

A maioria dos contratados pelas MPE em setembro foram homens, com um saldo de 13 mil vagas ocupadas, contra 11 mil preenchidas pelas mulheres. Os jovens entre 18 e 24 anos responderam por quase metade do saldo total de empregos nas MPE em setembro.

 

3º trimestre positivo

O balanço de empregos nas MPE foi positivo no terceiro trimestre, tanto na comparação com o segundo trimestre deste ano quanto em relação ao mesmo período do ano passado. 

— O segmento teve um saldo superior a 81 mil vagas no terceiro trimestre, um crescimento superior a 50%, tanto em relação a 2020, quanto quando comparado ao segundo trimestre deste ano — informa Gabriela Martinez, analista de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas.

 

MEI também cresce

O número de microempreendedores individuais (MEI) em Minas Gerais chegou a 1.442.119 em setembro, o que corresponde a 11% do total de MEI do país. No ano, o saldo acumulado de novos MEI no estado é de 164.205. O MEI é o trabalhador por conta própria que se legaliza como pequeno empresário. Representa mais de 60% dos negócios de pequeno porte em Minas Gerais.

 

Considerando apenas o saldo de formalizações no terceiro trimestre deste ano, o crescimento foi de 3,29% em relação ao mesmo período do ano passado. Já em números absolutos, o total de MEI em Minas Gerais aumentou 17% quando comparado ao fim do terceiro trimestre de 2020. 

— A retomada de várias atividades no estado favoreceu esse crescimento, além, é claro, de o MEI representar uma opção de renda, seja ela complementar ou não — destaca Gabriela Martinez.

As cinco atividades com o maior número de formalizados como MEI foram as de cabeleireiro/manicure/pedicure, comércio varejista do vestuário e acessórios, obras de alvenaria, promoção de vendas e lanchonetes/casas de chá/sucos e similares. Juntas, elas reúnem 383.727 MEI ou 27% do total de MEI em Minas Gerais.

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