Partida perfeita

José Carlos Oliveira 

Com seu esquema tático de ir para cima dos adversários nos 90 minutos sem tomar os cuidados necessários com seu sistema defensivo ‒ já manjado por seus adversários e com isso mesmo tendo acumulado resultados negativos em sequência nas últimas partidas, o técnico argentino Jorge Sampaoli resolveu por bem mudar toda sua proposta de jogo para o confronto direto contra o Flamengo, no fim de semana. E se deu muito bem com a ideia.

Humildade

Os dois gols relâmpagos marcados aos 3 e 7 minutos de bola rolando, com Eduardo Sasha e Keno facilitaram um pouco para que o Atlético deixasse a iniciativa de jogo toda com o rubro-negro carioca e se fechasse ainda mais em sua defesa, apostando sempre nos contra-ataques para buscar a vitória. Deu certo e a goleada de 4 a 0 em cima de um rival direto na briga pelo título foi mais do que merecida. 

A humildade de Sampaoli em reconhecer que não tem um supertime em suas mãos, uma equipe capaz de ir para cima de qualquer um e se dar bem, fez a diferença no final de tudo. Agora resta saber se ele (o Sampaoli) continuará com o mesmo pensamento para as próximas partidas.

Bom elenco

O elenco atleticano é, sim, super qualificado, mas tem também suas deficiências. Está bem longe de ser um supertime, e como todo grupo que quer se dar bem tem que reconhecer onde tem suas falhas e cuidar para que elas não fiquem tão em evidência nos jogos.

E foi isto que Sampaoli fez no fim de semana, contra o Flamengo. Ao cuidar primeiro de sua retaguarda, o Galo teve tranquilidade para construir a vitória. Simples assim!

Vibração

E em momentos distintos na partida, deu para se ver que o Galo estava ferido e queria a todo custo se redimir perante a Massa. E a vibração de alguns jogadores principalmente aqueles que vinham sendo mais cobrados pelos torcedores, como o lateral Guga e o goleiro Everson ditaram o ritmo do jogo e fizeram a diferença. Indo assim até o final, a Massa terá bons motivos para confiar em coisas melhores ainda nesta temporada. 

Mas será que o Galo de domingo será o mesmo do próximo fim de semana, frente o Corinthians, em São Paulo?

Como com Sampaoli nem tudo é o que parece, é esperar para conferir o que vem por aí...

MANGUEIRAS BRASIL

Coelho fazendo história

Amanhã é dia de decisão para o América na Copa do Brasil. Já com sua melhor participação na competição em toda sua história, o Coelho inicia no Beira Rio, em Porto Alegre, o duelo de 180 minutos contra o Internacional – atual líder da Série A valendo uma vaga nas semifinais do torneio. A partida de volta está marcada para a outra quarta-feira, 18, na Arena Independência, em Belo Horizonte.

Acreditar sempre

E o Coelho entra no confronto contra os gaúchos como franco atirador. A responsabilidade está toda do outro lado do campo, e os americanos terão paz para fazer sua melhor jogada e, como bons mineiros, ir comendo pelas beiradas para surpreender. Se perderem, não há muito a lamentar, mas, se passarem para a semifinal, aí, sim, há muito a festejar.

Exemplos

E em torneios eliminatórios tudo é possível, até mesmo o mais fraco eliminar os mais fortes. Exemplos é que não faltam disso. Com um esquema de jogo azeitado e um time competitivo e isto Lisca tem de sobra ‒, dá, sim, para os americanos sonharem ainda mais alto.

Limpeza que começa em baixo

Tem torcedores do Cruzeiro criticando a diretoria por ter punido alguns atletas do sub-20, que “aprontaram” em Santa Catarina no extracampo e jogaram o nome do clube ainda mais na lama. Os motivos não foram totalmente esclarecidos, mas é certo que eles fugiram da linha e, por isso, foram merecidamente afastados do grupo. 

Agora, falar que são “ativo do clube” e mereciam tratamento diferenciado é jogar contra o próprio patrimônio. Além de bons jogadores, o que o Cruzeiro mais precisa neste momento de reconstrução é de homens que saibam honrar a gloriosa camisa celeste. E é na base que deve ser dado o exemplo. Quem não gostar de disciplina que procure outro clube para jogar, e estamos conversados.

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