Parte dos servidores da UPA serão aproveitados pela IBDS

Mais de 220 estão cumprindo aviso prévio; nova gestora assume na próxima semana

Da Redação

Os tempos difíceis parecem estar longe do fim na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto. Sindicato Profissional dos Enfermeiros e Empregados em Hospitais Casas de Saúde Duchistas e Massagistas de Divinópolis (Sindeess) informou que estava analisando a possibilidade de uma greve, devido a incerteza vivida pelos profissionais da unidade. Em nota, sobre a recontratação dos atuais funcionários, a Prefeitura se limitou a dizer que a maioria que está cumprindo aviso prévio será recontratada pela IBDS.

O Executivo também admitiu que, apesar de todos os trabalhadores estarem cumprindo aviso prévio e o novo gestor assumir a UPA no fim deste mês, ainda não existe um documento oficial da empresa em relação ao salário dos funcionários, jornada de plantão, cesta de benefícios e acordo coletivo de trabalho.

A Santa Casa de Formiga, atual administradora, deixa a gestão da unidade no dia 29 de setembro, após cinco anos de contrato, e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS) assume a administração da UPA no dia seguinte.

Greve

Agora, o que assombra a unidade é a transferência de 128 servidores efetivos e a demissão de outros 229. O Sindicato Profissional dos Enfermeiros e Empregados em Hospitais Casas de Saúde Duchistas e Massagistas de Divinópolis (Sindeess) enviou, na sexta-feira, 20, uma nota à imprensa informando sobre a possibilidade de uma greve na UPA, a pouco mais de uma semana de a nova gestora assumir a unidade.

De acordo com a nota, 229 funcionários estavam cumprindo aviso prévio, mas ainda não sabiam se seriam recontratados pelo IBDS. Também segundo o sindicato, não havia qualquer informação sobre salário dos trabalhadores, jornada de plantão, cesta de benefícios e acordo coletivo de trabalho. O sindicato convocou a classe para duas assembleias, realizadas nesta segunda-feira, 23, e ontem, no Salão do Sindicato dos Metalúrgicos de Divinópolis, para discutir a possível paralisação na unidade.

Modelo de gestão

Além de cobrar um posicionamento sobre o destino dos profissionais, o Sindeess criticou o modelo de gestão que será adotado pela nova gestora. O modelo inclui um número menos de funcionários trabalhando na UPA. De acordo com o sindicato, a o novo modelo de gestão seria “um ataque em seus direitos, comflexibilização e retirada de direitos”.

— Pelo o que a imprensa da cidade noticia, o novo gestor quer administrar a UPA com menos dinheiro e um número menor de funcionários, e ainda falam que vão revolucionar na melhora do atendimento, acabando com a fila de pacientes no corredor da UPA — avaliou.

Na nota, a Prefeitura afirmou que a unidade tem uma equipe maior de especialistas do que o exigido em portaria. Ainda segundo o Município, o custo médio de UPA no Brasil é de R$ 1,6 milhão, enquanto o gasto mensal da unidade é de R$2,3 milhões.

— Será mantido o mesmo atendimento e a população não ficará prejudicada, porque a IBDS contratará o número de funcionários exigido — garantiu.

Transferências

Além dos 229 funcionários da unidade que estão cumprindo aviso prévio, há outros 128 efetivos que seriam transferidos para a Atenção Primária do município. Segundo a Prefeitura, dos 128, 70%, ou seja, 100 funcionários, já foram transferidos para Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), Policlínica e Regulação em Saúde. Ainda conforme informou o Executivo, “poucos funcionários efetivos continuarão na unidade até o fim do período transitório de gestoras”. Segundo a Prefeitura, inicialmente os servidores atuarão na UPA por cerca de 45 dias, após a IBDS assumir a administração da unidade.

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