Parque da Ilha é reaberto

Da Redação

Em cerca de um ano, o Parque da Ilha foi interditado por duas vezes pelo risco de contaminação dos visitantes por febre maculosa – a primeira em agosto de 2018 e a segunda em maio do ano passado. O espaço foi reaberto ao público na última sexta-feira, 10. O movimento ontem era de apenas profissionais da Emop, que limpavam o local, e de skatistas, que voltaram a utilizar a pista do local para a prática do esporte.

Atualmente, o espaço funciona das 9h às 19h, pois parte dos fios de iluminação foi roubado. Quando toda a estrutura do local for reestabelecida, o horário deverá ser alterado para entre 6h e 21h.

Reabertura

Segundo o secretário de Esportes e Juventude, Leonardo Franqueira, o intuito é desenvolver projetos para atrair o público.

— Nós estamos com um projeto de começar as escolinhas de skate, basquete, corrida e futebol. Também vamos ter profissionais de educação física acompanhando as pessoas que querem utilizar as academias ao ar livre. Então, a gente vai utilizar o Parque da Ilha com todo o potencial que ele tem — espera o secretário.

Sobre a preocupação referente à febre maculosa, Leonardo garante que todos os procedimentos necessários para a reabertura do local foram tomados.

— A secretaria está atuando no parque há cerca de 60 dias, fazendo a limpeza e toda a manutenção. Falta apenas um pente fino. A gente optou por já liberar o local para utilização do público porque vemos que há uma necessidade muito grande em Divinópolis do uso da pista de skate, da pista de caminhada e das quadras — declarou.

Prevenção

Quem também esteve no Parque da Ilha ontem à tarde foi o coordenador da Vigilância Ambiental, Erson Ribeiro. Segundo ele, nenhum problema será registrado caso o público acesse apenas as áreas permitidas e não entre nas matas.

— Desde que se obedeçam às regras, o parque é seguro. Desde que as pessoas não frequentem a área de matas, apenas as de práticas de esportes e na área dos pés de manga, não tem problema algum. O que as pessoas não podem é desobedecer as regras. Se desobedecer, é perigoso. Se não desobedecer, é bem tranquilo — afirmou.

O coordenador, em coro com o secretário, ressaltou a importância de reabrir o local.

— Essa é uma área que realmente tem que ser devolvida para a população, porque é um dos poucos espaços de lazer que nós temos — frisou Erson.

Vigilância constante

Para garantir a segurança dos frequentadores, o Parque da Ilha receberá agentes da Prefeitura a cada duas semanas.

— A Vigilância Sanitária estará no parque, no mínimo, a cada 15 dias. No último sábado, nós fizemos a dedetização. Serão feitos os arrastões a cada 15 dias e, havendo qualquer problema, será feita a dedetização. O monitoramento do parque será constante — explicou o coordenador.

Erson Ribeiro ainda ressaltou que as áreas disponíveis para uso são as quadras, a pista de skate e de caminhada, além da área de brinquedos.

— As pessoas frequentando apenas esses locais será muito tranquilo — prometeu.

Por fim, o coordenador da Vigilância Ambiental ainda destacou que o acesso às trilhas está proibido.

— Qualquer área de mata está interditada, e as pessoas não devem frequentar em hipótese alguma. Estão sendo distribuídos panfletos educativos logo na entrada para que as pessoas tenham consciência do que é a febre maculosa, com todas as informações necessárias — informou.

Novidades e projetos

As áreas restritas do Parque da Ilha são, hoje, cercadas com fita zebrada e avisos. O intuito do secretário de Esportes e Juventude é reforçar essa cobertura com uma cerca especial para, inclusive, evitar a invasão de capivaras (transmissores da doença) e de carrapatos no local aberto ao público.

— O cercamento nós já estamos com o projeto praticamente pronto. Estamos correndo atrás de verba. É um cercamento que precisa ser especial. Então, precisamos de uma verba entre R$ 300 mil e R$ 350 mil, para a construção — contou Leonardo.

Sobre outras necessidades, o líder da pasta destacou a melhoria dos atuais espaços.

— Está faltando mais [intervenções] nas quadras. A pista de skate vai passar agora por uma pequena reforma. Vamos esperar acabar esse período de chuvas para fazermos a reforma total. Nas quadras, é repintar e dar manutenção nas cercas — relatou.

Por fim, o secretário disse que uma das mudanças é a necessidade de identificação dos visitantes antes de entrar no Parque da Ilha.

— Isso foi uma das solicitações da Comissão de Febre Maculosa para nós termos o controle de quem frequenta o parque. Para na hipótese de, futuramente, termos algum caso no município, identificar se o paciente teve contato ou não com o Parque da Ilha — finalizou.

A secretaria ainda deseja implementar uma catraca com biometria no local.

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