Parlamento Jovem será ampliado em 2018

Próxima edição do projeto de formação política terá número maior de municípios e polos regionais

 O Parlamento Jovem de Minas (PJ Minas) alcançará em 2018, sua maior expansão desde o início do projeto. São 154 municípios inscritos, um crescimento de 144,44% em relação aos 63 que participaram da edição deste ano. Em razão disso, o número de polos regionais que abrigam a segunda etapa do projeto deve crescer de 12 para 21, com ao menos um polo em cada um dos 17 territórios de desenvolvimento do Estado.

Projeto de formação política e cidadã de estudantes dos ensinos médio e superior, o PJ Minas é realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) por meio da Escola do Legislativo, em parceria com a PUC Minas e com câmaras municipais. Para a gerente-geral da Escola do Legislativo, Ruth Schmitz, o grande desafio no próximo ano será manter a qualidade do projeto sem excluir nenhum município.

— Temos que radicalizar o modelo de rede —explicou Ruth Schmitz.

Modelo

O padrão de coordenação para o ano que vem foi apresentado e discutido com os coordenadores municipais ontem, Esses coordenadores são vereadores ou servidores que representam e conduzem os trabalhos em cada município.

Desafio

A expansão do projeto, apesar de ser vista como algo positivo e inevitável pelos coordenadores, também gerou alguns temores. O principal risco é desmotivar os estudantes.

— Nós concordamos que o mais importante é a participação nos municípios, mas, para os alunos, o que os motiva é a possibilidade de vir aqui (à Assembleia) — afirmou a coordenadora do município de Maria da Fé (Sul de Minas), Cássia Almeida.

De acordo com Ruth Schmitz, à medida que o número de municípios for crescendo, também está prevista a criação de subpolos, que se tornariam uma quarta etapa do PJ Minas.

Propostas

No segundo dia da etapa estadual do PJ Minas, que está sendo realizada na ALMG, 119 estudantes se reuniram na Escola do Legislativo para debater e votar as propostas constantes no documento síntese desta edição.

Os estudantes foram divididos em três grupos, para analisar os subtemas dentro do tema geral deste ano, que é Educação Política nas Escolas.

O grupo 1 avaliou “educação política e currículo”. Para o estudante Josef Silva, 16 anos, de Santos Dumont (Zona da Mata), a inserção do debate político no ensino pode colaborar na formação de cidadãos mais críticos e participantes.

— A política envolve tudo em nossa vida. Com mais maturidade, os jovens podem ajudar a construir uma sociedade melhor para as futuras gerações —defendeu. 

O servidor da ALMG Pedro Lacerda, que assessorou os estudantes no debate, exaltou a participação dos jovens e a vontade que demonstraram de discutir exaustivamente as propostas.

As interações entre escola e sociedade na formação política dos jovens foram o assunto do grupo 2. O consultor Mário Moreira explicou que foram analisadas formas de aproximação das escolas com os poderes, Legislativo e Executivo, empresas e outras organizações.

O objetivo é promover maior interação entre os jovens, as políticas públicas e as ações da iniciativa privada que podem provocar impactos sociais.

Gestão democrática

Os estudantes do grupo 3 debateram “educação política para uma gestão democrática e participativa nas escolas”. Segundo a servidora Ana Paola Amorim, o que se pretende é ampliar e fortalecer espaços dentro da escola, como colegiados e grêmios estudantis, que permitam aos estudantes participar de forma mais efetiva da gestão das escolas. 

Alisson Resende, 18 anos, de Leopoldina (Zona da Mata), acredita que ao contribuir para a elaboração das regras das escolas, os estudantes tendem a conhecer mais os seus deveres e lutar por seus direitos.

— O trabalho em equipe garante sucesso no processo de gestão — disse.

Das 79 propostas analisadas, aquelas priorizadas serão votadas na plenária final do PJ Minas, nesta sexta-feira.

 

Comentários