Pandemia do coronavírus adia vendas de 1 milhão de pares de calçados

Pablo Santos

A pandemia do coronavírus já causou o primeiro impacto negativo na economia do Centro-Oeste. A 25ª Feira de Calçados de Nova Serrana (Fenova) foi adiada para o segundo semestre.  Com a suspensão da feira – que tem a missão de impulsionar as vendas do polo – prevista para começar amanhã e terminar na quinta-feira, 19, 1 milhão de pares de calçados deixaram de ser comercializados.

O Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Calçados de Nova Serrana (Sindinova), organizador do evento, acatou uma decisão do governo do Estado de Minas Gerais. A orientação é para suspender todos os eventos oficiais com público maior que 100 pessoas nos próximos 30 dias. O sindicato apostava em aumento de 6% nas vendas nesta edição em relação ao ano passado, quando foram negociados 1 milhão de pares.

O evento calçadista atrai um grande volume de visitantes de todas as regiões do Brasil e também iria receber 23 importadores para esta edição.

— O Sindinova decidiu por adiar nossa feira para agosto tendo em vista que viriam pessoas de várias partes do Brasil e também do exterior. São medidas preventivas para que nos próximos dias, nos próximos meses, não tenhamos que parar as empresas e ter prejuízos muito maiores que o que nós vamos ter agora. Estamos adiando a Fenova para resguardar a saúde de todos nós — enfatizou o presidente do Sindinova, Ronaldo Andrade Lacerda.

O polo

Em Nova Serrana, existem 830 empresas de calçados, que geram em torno de 19 mil empregos. No polo calçadista, que reúne 12 cidades, o número de empresas sobe para 1,2 mil. A produção de calçados na cidade é de, aproximadamente, 100 milhões de pares.

O Arranjo Produtivo Local (APL) de Calçados do Centro-Oeste de Minas tem 13 municípios: Araújos, Bom Despacho, Conceição do Pará, Divinópolis, Igaratinga, Leandro Ferreira, Nova Serrana, Onça do Pitangui, Oliveira, Pará de Minas, Perdigão, Pitangui e São Gonçalo do Pará.

 

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