Palmas e palmeiras

Rotativa - Maria Cândida

Palmas e palmeiras

“Tu não te lembras da casinha pequenina

Onde o nosso amor nasceu...

Tinha um coqueiro do lado 

Que, coitado,

 De saudade, já morreu...”

Eu sempre defendi que esta nossa cidade devia se chamar era Coqueirópolis. Por todo lado que se vira tem um tantão de coqueiro balançando as folhas pra gente… Tem deles desta altura, metido a torre, tem deles cacheado, que é uma beleza, tem outros com um cacho de assanhaço e periquito, sabiá e até beija-flor se esbaldando...

Onde moro hoje, na rua São Paulo perto do Santuário, tem um esbelto coqueiro que não é um coqueiro qualquer, ele tem pedigree. Este meu coqueiro tem história e bonita: quem o trouxe numa mudinha deste tamaninho, com um coquinho pendurado, balançando foi uma comadre de nome Adélia. Oh, se me lembro, e quanto...

No mesmo dia e hora que o ganhei, plantei-o ao lado do gradeado da rua para exibi-lo bem para os passantes. 

Mas… Minha mudinha do caqueiro embirrou, pirraçou, ficou um tempão até esquecida mesmo pela dona que vez em quando dava uma espiada, conferia se finalmente a ver se a mudinha finalmente desembirrara, e... Nada...

 Até que um dia, preciosa, a mudinha despontou quase sumida no meio da grama, mas exibida, exigindo proteção e admiração para crescer mais e mais e forte… E ganhou proteção de cacos de tijolo e atenção e admiração e… Então, rebrotara! E eu curti dobrado sua força e verde exibidos, belos e ostensivos...

Com o tempo, o meu coqueirinho ganhou olhares admirados e foi crescendo, sempre de plantão… E, daí, ganhou mais admiração e muita ...

...inveja ! E suas folhas secas se embananaram com parasitas e erva de passarinho... Suas palmas não baloiçavam mais e os passarinhos sumiram...

 Mas... Há sempre um. Mas nas belas histórias...

É que todo mundo gosta de atenção e carinho... E nosso querido coqueiro, cansado, implora atenção e cuidados que não vêm . E clama atenção que não chega... E o nosso coqueiro começou a ser olhado com reservas... Palmas secas, cocô de passarinho, carência afetiva, vingança brotando entre os galhos secos...

Pois, agora, ainda ontem, um cidadão elegante e almofadinha subia a rua São Paulo, ia ao Santuário, procurando passeio e sombra e eis que… Encontrou foi um susto e tanto porque uma galhos e palmas secas do meu coqueiro se despencaram, e vieram cair logo em cima da cabeça de nosso cidadão divinopolitano, que rodopiou, trupicou, quase virou notícia... ********************************************************************

Senhor prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo,

Esta estória de hoje é dedicada ao senhor e equipe que agora regem nossos destinos e os destinos dos coqueiros e companheiros...

Reparem na beleza de um coqueiro de folhas dançando ao vento… Reserve um tempo e repare na beleza de ruas limpas, arborizadas, podadas e cuidadas...

E não haverá palmas que cheguem para todos... 

São jovens, animados e dedicados para bem cumprirem e resguardarem a história da nossa querida Divinópolis. Afinal, cuidar da cidade sempre mais bela e divina começa nas ruas limpas e arborizadas e cuidadas… Reparem na majestade do nosso coqueiro que embeleza o quarteirão ali na rua São Paulo, quase ao lado do Santuário de Santo Antônio. 














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