Otimismo acima de tudo

Editorial 

A primeira quinzena de outubro se aproxima do fim, novembro é logo ali. Com ele, as eleições 2020. Em anos anteriores, a votação já havia ocorrido e, a esta altura, as centenas de municípios mineiros já tinham conhecido seus representantes. Porém, o verbo ter está no passado, e, neste ano, totalmente atípico, o que não se tem nenhuma certeza ainda é sobre o presente. Preocupante? Claro. Mas não significa que devemos jogar a toalha. Muito pelo contrário, já é hora de recomeçar. De nada adianta esperar o que vai ainda acontecer se não agirmos e rápido. Chega de pessimismo. De pessoas que fazem questão de seguir o ceticismo de uma boa parte que jogam no time do “quanto pior, melhor”. 

A economia deixa a desejar? Sim. O número de desempregados é alto? Também. Os candidatos fazem uma campanha muito mais curta? Não resta dúvida. No entanto, a pergunta que deveria ser feita é: e daí? O pior já passou e a vida continua. 

Vale lembrar que as medidas de isolamento social impostas à população mundial estão causando recessão econômica, e elas também matam. E não é de uma única doença. Reduzem a vida das pessoas, muitas das quais fazem parte do mesmo grupo vulnerável ao coronavírus.

É preciso mais do que nunca arregaçar as mangas e correr atrás do prejuízo, melhor dizendo, na frente dele. Ficar abitolado apenas nas redes sociais só não basta. É de lá que vem, infelizmente, boa parte de negativismo e de notícias falsas que atrapalham muito mais do que ajudam.

Isso sem falar que muita gente fala em ruptura no jeito de governar, de conduzir a vida, no jeito de agir. Se estas  pessoas não são capazes se de sentir tocadas por aquilo que faz o outro sofrer, não têm compaixão, sinceramente, não deveria nem abrir a boca para falar tanta bobagem.

É um abalo, não resta dúvida. Vamos sair dessa debilitados, mas não acabados. Muita coisa terá que mudar e, com certeza, será para melhor. Essa solidariedade precisa ser introduzida na sociedade e se tornar  duradoura.

É claro que nada é 100%. Vai sempre haver algo que causará descrédito, desânimo e até desespero, normal da vida. Mas ela segue desafiadora e pronta para impor novos desafios a àqueles que se desanimam fácil e aos que “sacodem a poeira e dão a volta por cima”. Essa pandemia do coronavírus tem escancarado bem esta situação.  Tem mostrado felizmente também que a maioria está otimista e disposta a ir à luta.

Afinal, a vida é muito importante e  é por ela e pela continuidade de tudo que a luta não pode parar. É assustador haver um movimento contra uma vacina que nem existe ainda, como se ser do contra fosse alguma  vantagem. 

E não é. Não é só o momento de dar a volta por cima e retomar a normalidade, mas de, junto com a solidariedade, termos empatia, capaz de superar tudo que foi nos imposto e continua. Não escolhemos isso, mas cabe a nós escolher ajudar o outro, lutar e, principalmente, superar. O resto a gente vai conquistando aos poucos. Afinal, se tem uma coisa que o brasileiro se especializou foi cair e se levantar quantas vezes for necessário. 

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