Os vírus de todos os dias

Augusto Fidelis 

Há, no mundo, uma força oculta, poderosa, que vira e mexe sacode os alicerces da humanidade, seja no campo moral, emocional ou físico. É o que acontece agora com esse coronavírus ou Covid-19. Recebi, no início da semana, uma mensagem pelo Facebook que resume muito bem o que se passa: “Até o momento não houve uma morte sequer no Brasil que se possa relacionar ao conoravírus, mas a mídia já matou metade da população de pânico”. Porém, segundo a mídia, três já morreram.

Embora o número de mortos decorrente dessa pandemia seja mínimo, se comparado a outras, como a gripe espanhola, o terror paralisa o mundo. O medo de pegar o coronavírus impede as pessoas de enxergarem que em torno de si há problemas muito maiores e mais letais. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2017 morreram no Brasil 35,3 mil pessoas de acidentes de trânsito, sendo 82% de homens, a maioria de jovens de até 25 anos.

Em Divinópolis, no ano passado, quantos jovens foram abatidos pelas drogas, transformados em zumbis pelo crack ou mortos em acertos de contas? A morte ronda as nossas ruas e casas diuturnamente, sem que ninguém a perceba, até que ela própria mostre a sua face, seja pela ação de um meliante, de um motorista ou um motociclista desatento, associado a um pedestre imprudente, de um câncer que surge sem aviso prévio ou até de uma queda no banheiro.

A campanha sistemática da mídia não dá mais proteção contra o coronavírus. No entanto, o vírus do preconceito robustece, porque cada semelhante é um transmissor em potencial. A indelicadeza se tornou praxe, pois cada um se defende como pode, ainda que tenha de rasgar o coração do desavisado.

Por toda parte são adotadas medidas extremas. Até mesmo as igrejas fecham suas portas quando a população mais precisa de orações e de conforto. Paralisam também, ainda que parcialmente, o comércio, a indústria e boa parte dos serviços. Já se pode contar os prejuízos, que prenunciam incalculáveis tão logo passe essa onda. A oposição aproveita e promovem ações visando enfraquecer o governo, para depois derrubá-lo.

De qualquer forma, esse coronavírus é um tapa na cara dos globalistas, que insistem em eliminar as fronteiras nacionais, impor uma agenda comum a todos os habitantes do planeta, sem se importar com as diferenças culturais. A própria União Europeia, que encabeça esse movimento juntamente com a ONU, foi obrigada a fechar as suas fronteiras. Assim, poucas pessoas vão morrer de coronavírus, mas a ação da mídia, associada ao medo do povo, está provocando um bom estrago. Aguardemos o desenrolar dos acontecimentos. Aguardemos!

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