Os anos 70

 

         Hoje, passando pela nossa Divineia desenfreada, com os carros a todo vapor, as motos tentando atropelar e serem atropeladas, e o povo na luta diária, não imaginam o que vivemos nos anos 70.

        Naquela época, as coisas estavam acontecendo, nosso governante era um idealizador que sabia o que fazer e como transformar nossa terra para os moldes do futuro. Seu nome: Antônio Martins Guimarães.

      O homem tinha como símbolo o cata-vento, sabia que a energia era feita para expandir, que a cidade e seu povo mereciam crescer para todos os lados, e isso foi o que aconteceu.

      Em cada lugar que fosse na cidade existia um canteiro de obra, e não era coisa simples, mas estrutura brava. Até hoje muita gente não enxerga o que foi feito nesta época. O grande trabalho foi executado, na maioria, por baixo da terra: nossa poderosa rede fluvial, de esgoto, os grandes viadutos do Porto Velho e Niterói, além de muitas obras na periferia.

       Uma das coisas que mais me marcou foi a transformação do Centro. Na época, éramos meninos e prontos para tudo, a vida feita para viver.

       Como me lembro da grande fenda rasgada na av. Independência, hoje Antônio Olímpio de Moraes! Da rua Pernambuco até na Osvaldo Machado, um mundo de grandes manilhas serpenteava, aguardando para serem colocadas. Eu e meu primo e parceiro de aventura Gilberto entrávamos na Goiás e saíamos na rua Rio de Janeiro pelo túnel de manilhas. Falo muito que conhecemos nossas ruas por fora e por dentro.  

       Como era interessante achar que nossas ruas eram tremendamente largas e que nunca ficaríamos com problemas de estacionamentos! Doce ilusão! Hoje o difícil é colocar um carro no Centro.

       Hoje, quando passamos sem conhecer muitos dos rostos que transitam por aqui, sentimos que crescemos. E, como tudo na vida, houve coisas boas e algumas que não gostamos de sentir.

      Mesmo assim, sou louco por esta terrinha que me viu crescer, e que assisti de camarote o crescimento, minha querida terra do Divino!     

      E continuamos aqui na Tok Empreendimentos, rua Cristal, 120, Centro, lutando por dias melhores.

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