Obras de ampliação no presídio Floramar serão retomadas

Da Redação

O recomeço das obras do anexo do presídio Floramar, em Divinópolis, foi autorizado nesta semana. Cerca de dez presos farão parte da equipe de operários encarregada de concluir os 30% restantes da construção, com entrega prevista para o primeiro semestre de 2020. O canteiro estava desativado desde 2016. As informações são da Agência Minas.

Com a ampliação, a unidade, subordinada à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), passará a contar com 306 novas vagas. Para conclusão do anexo, serão investidos aproximadamente R$ 4,3 milhões. A administração da obra é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), por meio do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER/MG).

Ressocialização

A diretora-geral do presídio Floramar, Elisabeth Pinheiro Fernandes, diz que a participação de detentos nas obras do anexo tem papel fundamental no processo de ressocialização, já que significa uma preparação para o retorno à sociedade.

— A ampliação de vagas é um ganho muito importante, tanto para o presídio quanto para o Sistema Prisional de Minas Gerais. Vai proporcionar mais segurança e melhores condições de cumprimento da pena — explica.

O reinício dos trabalhos em Divinópolis é fruto de um esforço da atual administração para aumentar a oferta de vagas e reduzir o impacto da superlotação no ambiente prisional – uma realidade em todo o Brasil.

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, general Mario Araujo, acompanhado da equipe técnica, tem percorrido as unidades prisionais de Minas com objetivo de promover a padronização dos sistemas e a excelência no trabalho de custódia e ressocialização dos internos.

Superlotação

Não é segredo que, entra dia e sai dia, o presídio continua superlotado e, há tempos, opera com a quantidade de presos muito além de sua capacidade. Inaugurada há 18 anos, a unidade possui quatro pavilhões e uma ala feminina com capacidade para 277 vagas, mas é muito raro ter menos de 700 detentos. Atualmente, a situação não é diferente.

O jornal Agora apurou junto a uma fonte, que se mantém no anonimato, que aproximadamente 750 presos ocupam atualmente as celas do presídio, o que significa quase o triplo da capacidade. Porém, a população é flutuante, já que todos os dias uns entram e outros ganham liberdade. Ainda de acordo com a fonte, é difícil para uma pessoa que não conhece a realidade imaginar “a crueldade que é sobreviver num espaço tão pequeno e sufocante”.

A explosão no número de detentos ocorre porque, além das prisões na cidade, a unidade abriga os detentos que vêm de outros municípios da região. Com a volta das obras, a sensação é de alívio, principalmente para familiares dos presos.

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