O quanto custa?

Israel Leocádio 

Olá! Tudo bem? Convido-o a refletir comigo em uma passagem bíblica sobre a tentação de Jesus, que está relatada no Evangelho de Mateus 4.8,9, que diz: Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares”. Com essa leitura inicial, quero fazer perguntas: quanto você custa? Qual é o seu preço?

Jesus foi tentado pelo diabo em todas as áreas de sua vida. Realmente, em todas. A afirmação é do livro de Hebreus 4.15: “em tudo foi tentado”. Mas, segue a afirmação bíblica, “sem pecar”. Não houve uma só área da vida humana em que Jesus não tenha sido tentado, assim como nós. Ele foi tentado a duvidar de Deus Pai. Foi tentado a murmurar contra Deus, em razão da fome, necessidade etc. Mas Jesus também foi tentado a colocar preço em seus princípios. O diabo ofereceu valor no caráter de Jesus. Desejou negociar com Jesus uma barganha amoral: “Dou isso a você... Você me dá isso em troca”. Jesus foi preciso em sua resposta: “Aparta-te de mim!”. Jesus não colocou preço em seus princípios e valores espirituais e morais. Mas, até nisso, o Senhor Jesus superou a maioria dos homens. Até os mais respeitáveis homens costumam ter preço (segundo a analogia dos de mau-caráter). 

Com Jesus foi diferente. Cristo nos ensinou que uma pessoa de bom caráter não tem preço, mas, tem valor. Uma pessoa de caráter tem valores que são inegociáveis, simplesmente porque princípios morais não têm preço.

Aquele que tem preço se vende. Aquele que se vende a si mesmo se faz escravo. Aquele que se vende torna-se sempre um devedor daquele que o comprou. 

A verdade é que não se pode pôr preço em tudo! Porque há coisas que não têm preço, não entram em leilão, são inegociáveis.

Estamos chegando ao tempo de eleição. Ou seria melhor dizer: tempo de negociação? Sim, porque é tempo da moral, do caráter, da índole, dos princípios, dos valores serem colocados em uma prateleira, com a finalidade de serem vendidos pelo melhor preço. É tempo de políticos abrirem suas carteiras e pagarem o preço amoral por votos. 

Quanto você custa? Um presente? Um valor em dinheiro? Um cargo? Sem que percebam, muitos estão vendendo o inegociável (não o voto, mas o caráter). O que não percebem é que aquele que compra princípios corre o risco de governar, de criar leis, de administrar a coisa pública por quatro anos. E isso pode custar muito caro. Também não percebem que aquele que se vende torna-se refém moral do outro, nada podendo fazer ou falar. Quem compra princípios, compra porque não os tem. Quem vende seus princípios, perde o seu, porque foi vendido.

Quem tem valores não tem preço! Pense nisso!

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