O legado dos Morais

José Carlos de Oliveira

Quando Vinicius Morais entregou o bastão para Nivaldo Batista ‒ o ex-zagueiro Araújo, que agora assume o comando da diretoria do Guarani ‒, na quarta-feira, 19, encerrava-se todo um ciclo da família Morais à frente dos destinos do Alvirrubro. 

A partir daí, os dias que se sucederam foram de despedidas e agradecimentos, pelas redes sociais, daqueles que ajudaram Gilson e Vinicius a levar adiante seus projetos para o clube de Porto Velho.

Uma família

Como uma grande família – assim era mesmo o Guarani de Gilson e Vinicius – Renato Montak, Natália Santos, Marco Túlio, Arthur e tantos outros que trabalharam lado a lado com os dirigentes nos últimos anos também se despedem agora e já se lançam em novos projetos pessoais, mas deixando as portas abertas para uma volta no futuro, pois, se depender do que se viu nos últimos anos, eles têm crédito de sobra, principalmente pelo carinho e o amor com que sempre trataram as coisas do Guarani, se superando em levar sempre o melhor para o clube. 

Futuro

E a pergunta que se faz agora, é o que será do Guarani sem os Morais? A esperança que fica é que Araújo saiba aproveitar tudo de bom que herdou e possa conduzir o clube a grandes vitórias. 

Mas o principal desejo do torcedor é que o novo presidente dê prosseguimento aos projetos que Vinicius e Gilson plantaram nestes quase oito anos à frente do clube. Porque de uma coisa a nova diretoria não pode reclamar, ela recebe a casa em ordem e sem o rombo deixado por administrações do passado. 

Credibilidade

A diretoria que agora se despede de Porto Velho correu atrás do prejuízo e hoje, além de certidões negativas tanto em âmbito municipal quanto estadual e federal, o Guarani tem crédito e credibilidade nos meios esportivos e empresariais, e até mesmo entre os atletas de futebol, que se oferecem para vir para Divinópolis e vestir a camisa do Bugre.

Principal Legado

Se dentro das quatro linhas o futebol profissional foi de altos e baixos, com título e rebaixamento, fora do campo os diretores que se despedem do clube deixam uma herança positiva para o novo presidente. E aqui nem falo da credibilidade que o Guarani voltou a ter em todo o Brasil, quando passou a ter suas contas em dia e o compromisso de cumprir todos os contratos feitos, mas principalmente da alegria que voltou às arquibancadas.

Gilson e Vinicius conseguiram a proeza de levar de volta as famílias ao Farião, e este é um legado que não tem preço e já é sentido na pele pelo novo presidente, que de repente se viu cercado de pessoas querendo ajudá-lo na construção de um Guarani vencedor. E isto também Araújo deve agradecer aos Morais.

O que o novo presidente vive agora é apenas um reflexo de tudo que Gilson e Vinicius plantaram no Bugre ao longo dos últimos anos, e é principalmente por causa deste legado que aposto em dias de vitórias para o bravo Bugre, único representante da cidade no futebol estadual.

Na base

Deixando de lado a arquibancada e os bastidores da administração, é na base que a nova diretoria recebe o melhor presente, e, se confirmadas as palavras do novo presidente, tempos melhores estão por vir, pois Araújo garante que a base chegou para ficar e nos próximos anos também o time sub-20 voltará às competições.

Esta, sim, a melhor notícia de agora, porque de uma coisa todos temos consciência: o Guarani só voltará aos bons tempos quando formar em casa seus atletas. Este o grande sonho de Gilson Morais, que Nivaldo Batista promete levar adiante.

E vamos que vamos, Guarani. Bugre, hoje e sempre!

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