O crime compensa?

Esta pergunta vem sendo negada há milhares de ano, mas parece que muito pouca gente acredita. Mata-se por aqui, mais ou menos como se mata nas maiores cidades do país, por motivos fúteis ou até sem nenhum motivo. O homem brasileiro do século XXI está em outra fase. Ele já tem certeza de que a impunidade faz bem e só com muito azar acaba na cadeia.

Os políticos corruptos, a começar do mensalão, não se intimidaram e inventaram um crime de uma proporção infinitamente maior: o petrolão. Só que o petrolão é apenas uma fachada do que realmente é a corrupção em todos, frise-se, em todos os órgãos públicos deste país. Basta uma visita aos diversos tribunais, e lá serão encontrados nomes inimagináveis e até de mulheres, muitas mulheres, que até então se pensava em números infinitamente menor que o dos homens.

As polícias Federal, Militar e Civil divulgam todos os dias os nomes e os crimes, mas costumam, até sem intenção, omitir o fator mulher que está por trás da maioria dos crimes. Ciúmes e traições são crimes que se incorporam ao tráfico, pois este já está disseminado e quem for assassinado por mais de dois ou três tiros, o resultado das operações policiais concluirá que a ligação com os traficantes é evidente.

Os maridos vão presos, as mulheres em grande parte assumem os seus lugares e ainda recebem auxílio-prisão com muito mais direitos que os realmente pobres que vivem de Bolsa Família, e tantas outras bolsas que os governos indecentes deste país inventou.

Na prática, o crime realmente não compensa apenas para quem é sério, trabalhador, honesto. Esse time reduzido de pessoas ainda mantém o equilíbrio do procedimento animal do homem, quando educam os seus filhos com a velha e boa educação de berço, onde o filho respeita e tem até devoção pelos seus “velhos”.

Compensa de certa forma para quem cometeu grandes desvios, como o ex-deputado Geddel Vieira de Lima, que foi pego com um apartamento cheio de malas repletas de dinheiro. Está na cadeia, não quer dedurar ninguém, mas sabe onde está o restante. O que foi pego não passa de uma pequena parte. Enquanto os crimes não forem punidos, de forma equânime a todos, a resposta à pergunta inicial será sempre sim.

 

 

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