O Congresso e o Supremo

Augusto Fidelis

Diariamente assistimos pela mídia o espetáculo dos horrores protagonizado por membros do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal, performances que deixam claro o descompromisso desses agentes para com a Pátria e total desprezo pelo povo. Contudo, as sábias palavras do radialista Fiico, de saudosa memória, são adequadas para qualificarmos os nossos deputados, senadores e ministros togados: “Essa cumbúia de gente não vale a água do batizado”.

No palco, fingem ser honestos e compromissados com a causa pública. Porém, nos camarins e atrás das coxias, conspiram contra a nação, banqueteiam-se despudoradamente com os criminosos, trocam afagos com os larápios que roubam o medicamento dos doentes, a merenda dos escolares, o leite das crianças.

Essa gente corrobora para a decadência da sociedade, em cujo cenário as crianças sofrem mais. Há pouco tempo vi uma reportagem que mostrou uma mulher, com cinco filhos em idade escolar, que lutavam para assistir às aulas através de um pequeno celular. Na mesma época, o Ministério da Justiça tencionava distribuir milhares de notebooks nos presídios, para que presos fizessem cursos on-line. E há quem se apresente para dizer que está tudo dentro da normalidade: que floresçam os malfeitores e se explodam os inocentes.

Outro agravamento: apesar de tantas campanhas de combate à pedofilia, os malvados avançam sobre as crianças, inclusive com aprovação de leis para erotização dos pequenos cada vez mais cedo. Com isso, as crianças estão perdendo o direito à infância, a alegria de brincar. Na semana passada chegou-nos uma notícia estarrecedora: um juiz absolveu um homem que engravidara uma menina de apenas 11 anos sob a alegação de que a família sabia e aceitava o relacionamento. Ora, quando a família, cada vez mais desajustada, falha na proteção dos incapazes, a Justiça não deveria dar-lhes guarida?

Um sujeito vai por aí matando, estuprando, aterrorizando os incautos, troca tiros com a polícia, promove fugas espetaculares. Sem pestanejar, a mídia e os políticos má índole o elegem como herói. Agora, aqueles que se tornam vítimas não merecem consideração, entram para estatística. 

Apesar de o mundo estar de cabeça para baixo, o Congresso e o Supremo centram seus ataques no presidente da República que, aos olhos deles, cometeu um grave crime: colocou Deus, a Pátria e a Família como valores inegociáveis, a serem preservados a todo custo. Sobre estes tempos já profetizara o profeta Isaías, 700 anos antes de Cristo: “O direito é posto de lado, a justiça se mantém afastada, a boa fé tropeça na praça pública e não pode ali entrar a retidão”.

[email protected]



Comentários