O banquete do Cordeiro

Em 2017, por ocasião do meu aniversário, recebi de presente do professor Mercemiro Oliveira Silva um livro escrito pelo norte-americano Scott Hahn, cujo título é: “O banquete do Cordeiro – A missa segundo um convertido”. Na época, professor Mercemiro recomendara-me a não tardar para lê-lo, como ele o fizera quando também ganhara um exemplar. Fi-lo agora, mais de um ano depois, mas já arrependido de não tê-lo feito antes. O livro, realmente, é de leitura imperdível.

Na referida obra, Scott Hahn, um ex-protestante calvinista, doutor em sagradas escrituras e especialista em Apocalipse, explica a santa missa à luz da revelação de São João. Trazido a lume no Brasil pela editora Cléofas, tem tradução de Barbara Theoto Lambert e apresentação do professor Felipe Aquino.

Logo no início, Scott Hahn fala de suas impressões sobre a primeira vez em que participara de uma missa, apenas como estudioso dos costumes cristãos: “Eu queria entender os cristãos primeiro, mas não tinha nenhuma experiência de liturgia. Por isso, persuadi a mim mesmo a ir ver, como uma espécie de exercício acadêmico, mas jurando o tempo todo que não ia me ajoelhar nem participar de idolatria”.

Segundo ele, resistiu ao máximo que pôde, esforçando-se para ficar imune ao que assistia, mas a Bíblia não estava apenas do seu lado. Estava diante de si, em cada palavra dita pelo padre e pela assembleia. Um versículo era de Isaias, outro dos Salmos, outro de Paulo. Ele sentiu vontade de interromper a missa e gritar: “Ei! Posso explicar o que está acontecendo a partir das Escrituras? Isso é maravilhoso!”. E diz mais: “Quando vi o sacerdote elevar aquela hóstia branca, percebi que uma prece subia de meu coração em um sussurro: “Meu Senhor e meu Deus. Sois realmente vós!”.

Scott Hahn afirma em sua obra que a missa é o livro do Apocalipse desvelado perante nossos olhos e justifica as suas impressões com as palavras do Concílio Vaticano II sobre a sagrada liturgia: “Na liturgia terrena, antegozando, participamos da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusalém, para a qual, peregrinos, nos encaminhamos. Lá, Cristo está sentado à direita de Deus, ministro do santuário e do tabernáculo verdadeiro; com toda a milícia do exercito celeste entoamos um hino de glória ao Senhor e, venerando a memória dos Santos, esperamos fazer parte da sociedade deles”.

Enfim, ao fechar a sua obra, Scott Hahn afirma que durante a missa o céu toca a terra e espera por nós para o baquete das núpcias do Cordeiro. Jesus disse: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo”.

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