Novos índices confirmam  produção fraca na indústria

 

Pablo Santos

Novos números revelam os danos causados pela greve dos caminhoneiros na indústria. A produtividade de trabalho recuou no período paralisado, de acordo com os dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No Centro-Oeste e no estado, os dados confirmam perda no faturamento em consequência do movimento grevista. 

A paralisação do transporte rodoviário de cargas por 11 dias no final de maio diminuiu a produtividade do trabalho da indústria em 3,4% de abril a junho na comparação com o trimestre anterior (janeiro a março).    

De acordo com a CNI, a queda interrompeu a tendência de alta observada desde o segundo trimestre de 2016. A entidade, no entanto, informou que a queda foi atípica e a produtividade da indústria deve voltar a crescer nos próximos trimestres, refletindo o aumento da eficiência dos últimos anos.

Região

A paralisação dos serviços de transportes rodoviários de cargas, ocorrida nas últimas semanas de maio, impactou a atividade da indústria regional. De acordo com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), diversas empresas interromperam sua produção por falta de insumos, e a logística para a distribuição das mercadorias também foi prejudicada. O faturamento recuo 8,2% em maio no comparativo com abril.  A maior queda foi na comparação com maio desde ano com o mesmo período do ano passado: 30,7%, apontou a Fiemg.

Em Minas Gerais, as vendas ficaram também prejudicadas pela greve dos caminhoneiros.  Em maio no confronto com abril, o declínio foi de 15,3%. Já na comparação de maio com o mesmo mês de 2017, a retração é um pouco menor: 14,8%.

— De fraco desempenho da indústria mineira nos primeiros meses do ano, a greve dos caminhoneiros colaborou para uma piora das perspectivas de recuperação da atividade em 2018 — destacou o estudo da Fiemg.

 

 

 

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