Novos ares

Ao tomar posse ontem como “ministro Extraordinário da Segurança Pública” Raul Jungmann, disse que "quadrilhas" continuam de dentro do sistema carcerário a apavorar a cidadania e que o sistema se tornou o "home office" do crime organizado.

"Se nos olharmos mais amplamente o que vem acontecendo em termos do crime organizado, o cenário é tão desolador ou mais. [...] É dentro do sistema prisional brasileiro que surgiram as grandes quadrilhas que nos aterrorizam. Quadrilhas estas que continuam, de dentro do sistema carcerário, a controlar o crime nas ruas e a apavorar a nossa cidadania. Sistema carcerário esse que, infelizmente, continua a ser em larga medida o home office do crime organizado", pontuou.  

O novo Ministro disse exatamente o que o Brasil inteiro já sabia e, portanto, nada de novidades. Novidades poderão até acontecer, desde que ele e sua turma que envolve todas as polícias e os Bombeiros, encontrem juntamente com o general Braga Neto, que está como interventor da segurança no Rio de Janeiro, uma solução pelo menos viável.

O Brasil viu, que em poucos dias mais de 100 fuzis foram presos juntamente com milhares de cartuchos. Tudo isso aconteceu somente porque houve uma espécie de ligação das Forças Armadas e polícias, antes mesmo da nomeação do ministro que terá a responsabilidade de comandá-las. Ele sabe o caminho como qualquer outro brasileiro, pois basta segurar a importação que os bandidos irão ficar loucos, pois sem armas eles ficam como nós, até certo ponto mais indefesos já que todo mundo agora está contra eles.

Não se pode duvidar da eficiência e coragem dos homens hoje travestidos em policiais, mesmo que pertençam às FFAA. Precisa haver uma depuração no próprio meio policial, pois há décadas que todos sabem da corrupção policial no Rio de Janeiro, de onde não se exclui nenhum posto de soldado a coronel, de um simples policial ao seu próprio comandante.

É melhor que se acredite agora no que pode acontecer nos próximos dias, e não importa que isso seja ou não uma medida eleitoreira de Temer, que sonha em continuar presidente. Segurando a entrada de armas no país, cujo destino é sempre o Rio, contando com a colaboração da população das favelas, que já não aguenta mais tanta criminalidade e fazendo intervenções cirúrgicas baseadas em sistemas de informação, em pouco tempo o Rio, como São Paulo e outras grandes cidades, respirarão novos ares.

 

 

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