Nova gestão da UPA deve assumir no fim do 1º semestre

Maria Tereza Oliveira

O vereador dr. Delano (MDB) revelou com exclusividade à reportagem novidades sobre a gestão da Unidade de Pronto Atendimento Padre Roberto (UPA 24h), que está em fase pré-licitatória. De acordo com o vereador, a nova empresa responsável pela administração da Unidade.

De acordo com Delano, embora ainda não esteja 100% cravado, uma empresa de São Paulo, com experiência na área, deve ser a escolhida para fazer a gestão.

— Essa empresa administra grandes hospitais em São Paulo. A negociação está caminhando a passos lentos, mas tudo está saindo direitinho — reforçou.

O vereador destacou que o fim do contrato entre a UPA e a Santa Casa de Formiga termina em setembro e, portanto, o processo licitatório deve terminar antes deste prazo.

A gestão da UPA é uma novela que se arrasta por meses. O cargo quase foi ocupado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cis-Urg). A administração feita pela Santa Casa de Formiga chegou a virar alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Sem chegar a uma conclusão, a Prefeitura realizou na segunda, 4, uma pré-licitação para escolher uma nova empresa para fazer a gestão da unidade de saúde.

Reunião

Sobre a reunião da Câmara, o vereador levou polêmica. No encontro de ontem, ele apresentou na Tribuna Livre, números que apontam para o fato de que mais eleitores divinopolitanos votaram contra os vereadores eleitos, do que a favor deles. Além disso, Delano também criticou a oposição e até indicou sua futura candidatura à Prefeitura.

O vereador iniciou seu discurso explanando que os 17 vereadores eleitos, receberam ao todo 39 mil votos.

— É inacreditável que de 105 mil votos, quase 70 mil pessoas não escolheram ninguém que está aqui — comparou.

Recado

Para Delano, tanto esses números, quanto a quantidade de votos brancos e nulos de 2018, é preocupante e serve como um recado claro que o povo deu.

— Todavia, a omissão não ajuda em nada em um processo democrático, pois precisamos escolher alguém para cobrar e nos representar — afirma.

O vereador acredita que são necessários estudos para entender o fenômeno.

— Essas pessoas precisam mostrar a insatisfação delas de outra maneira. Não é se omitindo que a situação vai se resolver — aconselha.

Oposição

A oposição ao Governo Galileu Machado (MDB) não fugiu das críticas de Delano. De acordo com ele, ser oposição à um governo é mais fácil do que ser aliado.

— A oposição costuma ser contra tudo proposto pelo Executivo, mesmo que a proposta seja algo bom. É mais interessante criticar e fazer discursos acalorados do que sugerir alternativas — criticou.

Delano mandou indireta para um vereador ao dizer que as coisas na política mudam rápido e, de um dia para outro, a oposição pode se tornar base.

— Um de nossos colegas na última gestão era oposição e “batia” muito no Governo Vladimir Azevedo (PSDB). Hoje em dia ele faz parte da situação e agora como que faz? Porque a gestão tem apanhado demais e com razão porque ta deixando de fazer o dever de casa. Mas como lidar com a metralhadora de críticas da oposição? — perguntou.

Para o edil, o Governo Galileu errou ao pagar a dívida de um governo anterior e isso contribuiu para as críticas da oposição.

— Deixaram um rombo de R$ 50 milhões. Eu penso que esta dívida deveria ter sido financiada — opinou.

Sonhando com a Paraná

Em seu pronunciamento, Delano também enalteceu reivindicações atendidas e as obras realizadas no bairro Niterói.

— Foi lá que eu tive mais votos e o bairro está passando por muita coisa. Quando a gente vê a construção de escola, como é o caso do Darcy Ribeiro, temos de valorizar — destacou.

No mesmo assunto, Delano revelou o desejo de assumir o Poder Executivo e, inclusive, já fez promessas.

— Não entendo como em um projeto do Executivo vem para a Câmara, mas o representante não vem aqui para explanar a importância do projeto para os vereadores — criticou.

O vereador afirma que a passagem da Casa Legislativa é um aprendizado.

— Um dia eu vou ser Prefeito e não vai demorar. Mas antes é necessário ser legislador para saber como as coisas funcionam aqui — disse.

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