Negociação trava e segue greve na educação

 

Gisele Souto

Sem nova proposta por parte do Governo do Estado, continua a greve dos servidores da educação em Minas Gerais. Em Divinópolis, mesmo que não tanto quanto o desejado pelo Sindicato dos Servidores em Educação (SindUte), parte dos educadores aderiu ao movimento. Começou na segunda semana de março, com a primeira escola, a Dona Antônia Valadares; outras unidades acompanharam chegou a três, depois quatro, agora são cinco.

As últimas a aderir, mesmo com poucos representantes, foram a Vicente Mateus, no bairro Niterói, e Henrique Galvão, no Planalto. Antes, já haviam entrado a Dona Antônia, Joaquim Nabuco e Patronato Bom Pastor. Também nestas últimas, a adesão foi parcial. Na Superintendência Regional de Ensino (SRE), os mesmos 11 servidores parados desde a última semana de março continuam de braços cruzados. Antes, eram 18.

Reforço

Tanto os representantes locais do sindicato quanto os estaduais continuam a via-sacra nas escolas em busca de novas adesões. Eles cumprem calendários que são definidos em assembleias realizadas em Belo Horizonte, como a de quarta-feira, 4. No encontro, além da deliberação das ações, ficou definido que a categoria permanecerá em greve por tempo indeterminado. O movimento começou no dia 8 de março e, de acordo com informações do próprio sindicato, a quantidade de alunos parados no estado beira meio milhão. Em Divinópolis, são cerca de 3 mil estudantes estão sem aulas.

Caminhada

Depois da assembleia estadual realizada no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na tarde de quarta, os trabalhadores desceram em passeata até o Palácio da Liberdade. De lá, a categoria seguiu em caminhada até a Praça Afonso, no Centro de Belo Horizonte, onde fizeram protesto para chamar a atenção do governador Fernando Pimentel (PT) para pagamento do Piso Salarial. A próxima assembleia será na próxima terça-feira, 10, às 14h, também na ALMG.

Calendário aprovado

Ontem à tarde, ocorreu a Marcha pela Educação, pelas ruas da capital, para dialogar com a população sobre a luta da educação e a greve. Também de ontem até a próxima segunda-feira, estão agendados atos e mobilizações em todo o estado para fortalecimento da greve. Já na terça é dia de outra assembleia.

Representantes do sindicato já falam que o governo, por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEE), estuda um calendário para possível reposição de aulas caso a paralisação dure mais tempo.

Outro lado

Sobre o movimento grevista, a Secretaria de Estado de Educação informa que o Governo de Minas Gerais se empenhou nas últimas semanas na busca de uma conciliação com o sindicato que atendesse as partes envolvidas e garantisse a regularidade do ano letivo dos estudantes da rede. Diz que o governo reitera que não poupou esforços em valorizar os trabalhadores da Educação e cumprir a maioria dos itens do acordo, “cujas conquistas para a categoria são irrefutáveis”.

 

 

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