Não vai sobrar

Preto no Branco 

A continuar com as pretensões em evidência entre os eleitos para a Câmara de Divinópolis, não sobrará vereador suficiente para escolher o presidente da Casa para a próxima legislatura. Para se ter uma ideia da disputa, que promete ser ferrenha, no Cidadania, partido com maior representação no Legislativo a partir de 2021, os três representantes pretendem concorrer. Um deles é a novata Lohanna França. Eleita com 5.462 votos, maior votação na história da Câmara, ela confirmou à coluna sua intenção de concorrer ao cargo. Além dela, Flávio Marra está entre as caras novas que pretendem entrar na disputa. Chegaram chegando e, pelo visto, não darão moleza aos chamados “experientes” da Casa.

Muito cedo 

Neste ano atípico, nunca visto nem por quem é “das antigas”, como são chamadas as pessoas mais idosas, na política não foi diferente. O divinopolitano mostrou nas urnas, mais uma vez, seu desejo de mudança. Apostou em um prefeito que nunca exerceu qualquer cargo público, mas que trouxe propostas e ideias novas em sua campanha. Gleidson Azevedo (PSC), 38 anos, chamou o povo para caminhar junto e agradou em cheia. Na Câmara, a renovação foi menor do que a de 2016, mas significativa. Porém, não foi só isso. As urnas mal tinham sido fechadas e o assunto Mesa Diretora já ganhou grande importância dentro dos resultados que iam sendo divulgados pela Justiça Eleitoral. De lá para cá, as discussões se intensificaram e, nos bastidores, as negociações, apesar de boa parte não admitir, estão a todo vapor. Até acusações de compra de voto de vereador já surgiram. Onde vai parar? Onde os interesses de alguns, em especial, forem atingidos. No entanto, para quem  é acostumado com este tipo de negociata, é bom “colocar as barbas de molho”, tem gente de olho.

Só janeiro dirá 

Mesmo em menor quantidade, os vereadores que foram reeleitos e os dois que retornaram após ficarem ficar de fora da atual legislatura também se articulam de olho na Presidência do Legislativo. Alguns admitem que não existe folga após a eleição, visto que os trabalhos de bastidores em busca da formação de chapa para a disputa dá tanto trabalho quanto o feito em busca dos votos dos eleitores. Neste sentido, os dias de descanso devem vir apenas quando janeiro chegar. Se vai adiantar, levando em conta que estão em menor número, vai depender do poder de convencimento de cada um e, principalmente, da aceitação dos que forem cortejados. 

Apenas sondados

E, por falar em janeiro, futuro e articulação, pelo lado do Executivo a situação não anda muito diferente. Após o convite a Will Bueno e aceitação do candidato a prefeito derrotado para fazer parte do governo Gleidson/Janete, as conversas seguem movimentadas para a formação do grupo que atuará na Prefeitura a partir do primeiro mês de 2021. Surgiram conversas de nomes que poderiam assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social e Trânsito, mas o prefeito eleito afirma que, por enquanto, não há nada definido. O certo é que houve um convite oficial ao atual secretário de Saúde, Amarildo Sousa, que vem fazendo um grande trabalho – especialmente frente à pandemia – para seguir à frente da pasta. Porém, o martelo ainda não foi batido. Não resta dúvida que seria uma ótima aquisição, sem falar que se encaixa dentro do prometido por Gleidson em campanha, o de aproveitar pessoas técnicas e que já fazem parte do grupo de servidores. Este é o caso de Amarildo. Aguardemos os próximos capítulos.

Agora, terminou

Com a realização do segundo turno das eleições neste domingo, 29, está findado o processo em 2020. Com novidades e destaques, as posses em janeiro, encerram de vez as escolhas feitas em meio à covid-19. Mas se engana quem acha que o ciclo se fecha. Nada disso! Os derrotados nos municípios começam a corrida rumo à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal em 2022. Vida que segue, “modus operandi” que não mudam!

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