Não há indícios de montagens em áudios envolvendo Galileu, diz promotor

Pollyanna Martins

O Ministério Público afirmou que não há indícios de montagem ou fraude nos áudios entregues por Marcelo Máximo de Morais, mais conhecido como Marcelo Marreco. As gravações foram repassadas aos vereadores no dia 24 de abril e envolvem o prefeito Galileu Machado (MDB).

O Ministério Público instaurou um Procedimento Preparatório, no dia 25 de abril, para apurar possível prática de ato de improbidade administrativa pelo prefeito, ao tentar nomear Marcelo para o cargo em comissão de coordenador de Abastecimento e Segurança Alimentar, na Secretaria Municipal de Agronegócios (Semag), por meio do Decreto Municipal 12.914, e dizer que ele não precisaria trabalhar.

Os áudios incendiaram a política local e levaram a Associação dos Advogados do Centro-Oeste de Minas (AACO) a protocolar, no dia 28 de maio, uma Denúncia de Infração Político-Administrativa, pedindo a cassação do mandato de Galileu; e a Câmara a instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os áudios. A Denúncia da Associação foi rejeitada na terça-feira, 5. Com o plenário lotado, 11 vereadores votaram pelo não recebimento do início do processo de cassação do prefeito.

Alguns parlamentares se basearam no fato de a AACO ter incluído na denúncia que tinha a perícia das gravações, porém tinha apenas a transcrição dos áudios. O vereador Delano Santiago (MDB) chegou a apresentar um ofício enviado pelo delegado regional, Leonardo Pio, ao vereador Eduardo Print Júnior (SD), em que informava que não havia sido realizada perícia sobre a autenticidade das conversas contidas no CD encaminhado ao Setor de Perícia da Delegacia, pois a AACO não havia feito a solicitação.

Em seu discurso, durante a reunião ordinária, o parlamentar chegou a dizer que quem deveria estar preso era Marcelo Marreco, pois ele teria admitido, em um programa de uma rádio, que havia editado os áudios entregues por ele aos vereadores. À TV Integração, o promotor Gilberto Osório Resende informou que fez a solicitação da perícia da autenticidade das gravações, mas, no que diz respeito ao procedimento que tramita na Promotoria. De acordo com Osório, a perícia havia sido solicitada apenas como forma cautelar, pois não tinha indicativos de montagem ou fraude.

Posicionamento 

O Agora entrou em contato com o Ministério Público, mas o promotor se limitou a dizer, por meio da assessoria de imprensa, que nenhuma informação seria revelada para que o andamento das investigações não fosse prejudicado.  

 

 

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