Municípios estão sem o carro fumacê

 

Da Redação

A dengue está “tirando o sono” de muita gente em 2019. Conforme dados disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), as notificações de casos chegaram a 994 neste ano e, destes, 326 foram confirmados. Foram descartados 147 e 521 continuam em análise. Entretanto, em meio ao perigo iminente, Divinópolis e outros municípios mineiros não estão realizando o serviço de fumacê, uma alternativa para matar o mosquito transmissor de doenças.

Até o momento, o número de casos no país aumentou 339% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram mais de 450 mil ocorrências da doença e diversos estados encontram-se em alerta para o risco de surto de dengue, zika e chikungunya.

Ranking

Minas Gerais aparece em quarto lugar no balanço feito pelo Ministério da Saúde sobre os estados com registros superiores a 300 casos por 100 mil habitantes, número considerado preocupante e que é tido como epidemia localizada. Divinópolis não foge à regra, quando a questão é a preocupação com a dengue. O risco de epidemia já é algo alertado desde janeiro pelo secretário municipal de Saúde, Amarildo de Sousa.

Sem o fumacê

Uma das ações que ajudam na erradicação do mosquito Aedes aegypti é o fumacê, que consiste na pulverização de determinadas áreas com o produto, até mesmo dentro das residências. No entanto, este recurso muito utilizado em épocas de incidência da doença não está disponível em Divinópolis. A Prefeitura informou ao Agora que as atividades de fumacê não estão sendo realizadas porque o Município não recebeu repasses estaduais destinados para este fim.

— O Estado é responsável por repassar a verba para que os municípios possam comprar os materiais necessários. Como não veio, o serviço não está sendo realizado — explicou em nota.

Confirmou

Em resposta ao Agora, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Regional de Saúde de Divinópolis, confirmou em nota a falta dos produtos Malation, para uso do Ultra Baixo Volume (UBV), o fumacê, e do Adulticida, utilizado nas bombas costais.

— Ressaltamos que o Ministério da Saúde é responsável pela compra dos produtos. Esse, por sua vez, repassa aos estados, que são responsáveis pela avaliação dos critérios epidemiológicos e por oferecer suporte técnico e logístico aos municípios que se enquadram em alta e muito alta incidência de transmissão do mosquito Aedes. Em relação aos veículos, Minas Gerais os têm em bom número. O Estado está tomando as medidas para que os trabalhos de controle vetorial não sejam interrompidos — explicou a nota.

 

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