Mundo da arte (I)

Mundo da arte, mundo em arte, mundo visto pela arte, mundo visto com arte, mundo visto através da arte, mundo visto de cima, mundo das entranhas, mundo interior...

O certo é que o mundo da arte transcende este mundo, o mundo comum em que vivemos. O olhar do artista nos faz ir além, desde que tenhamos sensibilidade. Não importa que o artista seja ator, pintor, músico, dançarino, cantor, compositor, arquiteto, escultor, artesão, poeta, paisagista, ou fotógrafo a captar o brilho do sol. O mundo feminino da arte, então... Arte é palavra feminina.

O olhar humano, ou melhor, o olhar que é humano transcende o nível de sobrevivência, na base do pão, para amealhar e repartir o pão da cultura. Cultura com que se molda o culto de cultura. O culto da cultura que sublima. Cultura que alimenta a alma a par do cultivo que sustenta o corpo. Ou que lhe serve de sobremesa, sobremesa da vida.

“Sair do sério” significa descontrair, relaxar; rir, folgar, divertir-se. Enfim, sair da rotina. Por analogia, o mundo da arte nos desprende da rotina ou, melhor até, nos ajuda a fazer da rotina uma arte. A dançar conforme a música, no bom sentido. Toda manifestação artística pinça um viés do milagre da vida e da natureza. Mesmo num Dies Irae ou, quando celebra a morte, como num Réquiem de Mozart. Uma música de fundo inebria o ambiente sem nos darmos conta. Uma pintura descansa a nossa vista cansada de problemas. Um pátio decorado, um teatro, ou espaços bem distribuídos. Funcionalidade e estética podem andar de mãos dadas, e é bom que assim seja. Aliás, educação artística tem tudo a ver com as outras formas de educação: moral, cívica, ecológica, física, política, social.

Pelo nome próprio de Mecenas, ministro de Augusto, protetor de artistas e homens de letras, patrocinador generoso, designa-se hoje o protetor das letras, ciências e artes, ou dos artistas e sábios. Muita gente não vê sentido nisso, mas que tem sentido, lá isso tem...

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