Mulher é presa por prática ilegal da medicina em Divinópolis

Gisele Souto

Flagrada no último fim de semana, depois de investigação de denúncias, Carla Aparecida de Almeida, 46 anos, já está no presídio Floramar. Ela foi presa pela Polícia Civil na rua Castro Alves, no sábado pela manhã, no bairro São José.

No local, atuava como biomédica e, no dia da prisão, estava atendendo suas pacientes. Na “clínica”, foram apreendidos um aparelho celular, receita e duas ampolas.

Prática ilegal

Segundo a denúncia, a suspeita se passava por biomédica, praticando ilegalmente a medicina, já que realizava procedimentos como aplicação de botox, escleroterapia e método conhecido como “queima de vasinhos”. De acordo com a delegada que conduziu as investigações e a prisão, Adriene Pereira, a suspeita ainda usava soro nas pacientes como se fosse botox e glicose nas aplicações para queima de vasos, nos procedimentos vasculares. Ainda segundo a delegada, as clientes acreditavam nos tratamentos feitos pela falsa médica.

Ainda foi encontrada no local uma prescrição, tipo receita médica, assinada pela autuada, constando número de registro no Conselho Regional de Biomedicina (CRBM), porém esse número, segundo as investigações, não existe.

Denunciada

A Polícia Civil chegou até a suspeita depois que duas pacientes dela procuraram a delegacia para relatar que teriam passado mal após os procedimentos e que eles não teriam surtido efeito. Uma delas, segundo a delegada Adriene Pereira, precisou ficar internada após fazer um lipo de papada, aplicar botox e fazer escleroterapia (injeção de determinados medicamentos chamados de “esclerosantes” dentro de um vaso, geralmente um capilar venoso ou uma veia de maior tamanho de modo a destruí-lo). Ela submetia as pacientes a estas práticas pelo menos há três anos. Conforme a delegada, depois dessas denúncias, outras vítimas já foram à delegacia relatar que foram atendidas pela falsa médica, sem obter os resultados esperados.

A delegada a denunciou por estelionato, pena prevista de 1 a 5 anos de prisão; falsidade ideológica, também de 1 a 5 anos; além de exercício ilegal da medicina, de seis meses a dois anos.

 

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