Muito além dos parabéns
Leila Rodrigues
Muito além dos parabéns
Neste 1º de junho tão diferente de todos os outros, em que as comemorações são silenciosas e contidas, deixo aqui uma pequena reflexão para todos nós que aqui vivemos, nascidos ou não nesta terra, mas que usufruímos de sua estrutura, da sua geografia e do seu desenvolvimento.
Se minha cidade falasse, o que será que ela teria a dizer neste seu aniversário? Será que me pediria um olhar mais atento? Será que me pediria um pouco mais de cuidado? Se minha cidade pudesse falar, talvez me pedisse realmente um pouco mais de atenção, de respeito, de zelo e incentivo.
Mas a minha cidade não fala. Apenas se cala diante dos fatos. A minha cidade espera em silêncio que façamos por ela, pelo menos o mesmo que ela faz por todos nós que aqui vivemos. Ela espera a nossa acolhida e que esta vá muito além de não sujar suas ruas ou pagar os devidos impostos, mas que cada um se aproprie da sua cidadania e seja um guardião do seu desenvolvimento.
Que saibamos valorizar nossa produção, nosso comércio e nossos serviços. Que nossas contribuições, pagas com suor do nosso trabalho, sejam realmente revertidas para o desenvolvimento da nossa querida cidade, e que todos que exercem alguma liderança neste nosso amado território exerçam com a consciência da sua responsabilidade.
Sim, nossas atitudes refletem no resultado social, econômico, administrativo, cultural e ambiental desta cidade. E só através do trabalho sério, maduro e consistente podemos conceder à cidade o que ela realmente precisa para crescer e se desenvolver.
Se a minha cidade falasse, talvez sussurrasse no meu ouvido que mais importante que todas as homenagens é o que fazemos por ela no dia a dia, na luta diária para equilibrar uma pandemia e o desenvolvimento econômico. Na luta ferrenha para manter a engrenagem funcionando, ainda que muitos desejem o contrário.
Voltemos nossos olhos para o que realmente importa e que nossas vaidades deem lugar à cidadania e ao desenvolvimento.
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