Moradores denunciam situação precária de posto de saúde na Comunidade do Choro
Ana Laura Corrêa
Além do mato que toma conta da comunidade do Choro, em Divinópolis, moradores reclamam que o Posto de Saúde da Família (PSF) que atende à comunidade está com infiltrações, goteiras e mofo.
De acordo com o morador Dario Roberto, a comunidade está se mobilizando para solucionar o problema.
— Amanhã faremos um bazar e, mais pra frente, vamos realizar também um torneio de futebol e apresentações musicais, com cantores parceiros da comunidade para arrecadar dinheiro para a reforma do posto de saúde — disse o morador.
Funcionários da própria unidade, segundo Dario, também têm se mobilizado para contribuir com a reforma do posto.
— Eles distribuíram envelopes para pegar doações espontâneas em dinheiro e irão recolherpara ajudar — relatou Dario.
Reforma
Os moradores da comunidade procuraram os vereadores de Divinópolis em busca de soluções para o problema.O vereador Cleitinho Azevedo (PSB) foi um dos que foram chamados pela comunidade para resolver a questão.
— A situação do posto é precária. Será necessário trocar todas as telhas e pintar, por causa do mofo e das infiltrações — relatou o vereador.
Cleitinho entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) para buscar uma parceria. De acordo com o órgão, foi concedida uma permissão, por parte da secretaria, para que a própria população reformasse a unidade.
— Estou entrando com a iniciativa privada para dar os materiais junto com a comunidade. Acredito que até semana que vem começamos as obras — disse o vereador.
Centralização
Segundo a presidente do Conselho Comunitário do Quilombo, Adriana Silva, a Semusa apresentou aos moradores há um ano uma proposta de centralização dos atendimentos. Com isso, o PSF do Quilombo atenderia também às comunidades do Choro, Costas, Cachoeirinha, Lopes, Branquinhos e Mata dos Coqueiros.
— As comunidades teriam de buscar atendimento no Quilombo. A prefeitura não tem dinheiro para a reforma dessas unidadese, mesmo que tivesse, os terrenos são particulares e ela não pode executar as obras. O PSF do Quilombo está reformado e o terreno é da Prefeitura. Para a equipe de saúde trabalhar, ele tem melhores condições, e nós poderíamos pedir mais profissionais, por exemplo, dentista todos os dias da semana, e médicos, além do clínico-geral, que é o único que temos — disse Adriana.
Procurada pelo Agora, a Semusa informou que irá aguardar até o fim do mês para decidir sobre a centralização.
— Provavelmente, não será necessário executar a referida proposta, tendo em vista que a comunidade está adequando os locais de atendimento — informou por meio de nota.
Reforma
Questionada, a Prefeitura informou ao Agoraque não pode realizar as reformas na unidade.
— A estrutura física do posto é da comunidade. Então, se existe infiltração e mofo, é preciso verificar com os moradores. O governo municipal somente fez uma parceria, em que a comunidade cedeu o espaço e a Prefeitura forneceu a equipe médica — informou.