Moda dos setenta

BLOCO DE MODA

MODA DOS SETENTA - Wagner Penna

 Os anos 1970 estão impulsionando a moda do século XXI. Essa observação de alguns analistas parece ser confirmada pela recente coleção de "prêt-à-porter" da marca francesa Dior – que colocou em sua colorida passarela modelos buscados em seu arquivo daquela época (criados pelo Marc Bohan, estilista da casa de 1960 até 1980) e repaginados pela atual diretora criativa da marca, a italiana Maria Grazia Chiuri.

 Ela segue um caminho que seu conterrâneo Alessandro Michelle já havia percorrido na Gucci, quando lá chegou, também se inspirando na moda da década de 1970 para “modernizar” a marca. Na ocasião, a nova geração de consumidores (geração Z) achou o máximo e as vendas foram lá em cima. Para quem viveu naquele período, parecia que tudo tinha saído de um brechó.

 Seja lá como for, o fato é que os redingotes, minissaias e tailleurs estruturados, cortes geométricos, calças boca de sino com vinco marcado, muito xadrez kitsch e blusas transparentes com uma certa fluidez e cores primárias, bem fortes, voltaram com força. Com o “efeito Instagram” moldando o jeito moderno de vestir, em breve as ruas estarão cheias de tais modelitos. De preferência, entrando num Ford Corcel cor de mel – o carro desejo daqueles tempos e que até virou tema de canção popular.

 

VAIVÉM

 

  • Com a aproximação da data de realização da Minas Trend (início de novembro), as marcas de prestígio na cena fashion mineira já estão confirmando sua participação na feira. Entre as que já disseram sim para o evento estão a Maracujá e a Fátima Scofield. Também a turma do sapato & bolsa e das bijuterias já marcou seus estandes na Expominas, local da promoção da Fiemg.

 

  • Em sua 14ª edição, o evento Proação (destinado a obter fundos para ações sociais) veio em forma de revista. Isso mesmo, criado pela Romano Comunicação (do Thiago Romano), a Proação MAG está acessível de forma digitalizada na web – mostrando a moda de 14 grifes. Além disso, tem editoriais variados e bacanas.

 

  • PONTO FINAL. As semanas de moda com o “prêt-à-porter” terminaram na Europa, com o ponto final em Paris. Saindo do esplendor da alta-costura (em julho) e com algumas mostras sendo apresentadas de forma presencial, os desfiles decepcionaram um pouco. A grande novidade, na verdade, são os muitos nomes novos aparecendo na cena e os novos formatos para divulgar as marcas, como festivais, concursos de estilistas, parcerias ou “collabs” e por aí afora. A pandemia de covid-19 deixou vestígios eternos.

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