Ministério Público deflagra operações “Ônibus Fantasma” e “Rotas Alternativas” na cidade de Arcos

Da Redação

 Foram deflagradas na manhã desta quinta-feira, 6, na cidade de Arcos,  pelo Ministério Público de Minas Gerais e pela Policia Militar, as operações “Ônibus Fantasma” e “Rotas Alternativas”.

Foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 26 mandados de busca e apreensão, e quatro ordens de afastamento de agentes públicos de seus cargos.

 Um ex-prefeito da cidade de Arcos, três vereadores, empresários e servidores da Prefeitura que ocupavam cargos de direção e chefia estão entre os alvos das prisões.

As prisões realizadas hoje representam a fase ostensiva das investigações criminais que tiveram início no ano de 2017, que revelaram o funcionamento de uma organização criminosa na Prefeitura do município, no período de 2009 a 2012 e de 2014 a 2016.

Dentre as inúmeras infrações penais praticadas, descobriu- se o funcionamento de um esquema de direcionamento de licitações e de superfaturamento de contratos administrativos, nos mais variados setores de atuação do Poder Executivo Municipal, inclusive no âmbito dos serviços de transporte de estudantes universitários, de alunos da zona rural, limpeza urbana e manutenção de prédios públicos.

A estimativa é que tenham sido pagos em propina mais de R$ 1 milhão.

Operação

O nome “Ônibus Fantasma” se deve a processos licitatórios que foram realizados para a contratação de empresas que prestariam serviços de transporte de estudantes universitários e dos alunos das zonas rurais para escolas municipais.

As planilhas de controle dos serviços de transporte indicavam distâncias maiores das que haviam sido percorridas, e trajetos que não eram feitos pelas empresas.

Já a operação “Rota Alternativa” representa a ampliação das investigações para outras áreas em que houve a atuação da organização criminosa.

Foi constatado direcionamento de licitações e superfaturamentos de contratos em diversos setores da Prefeitura de Arcos.

Novas infrações penais foram praticadas nos anos de 2017 e 2018, como a combinação de preço entre as empresas de transporte, para que houvesse a unificação da cobrança por serviços aos consumidores.

As investigações devem ser concluídas em 10 dias. No fim desse prazo, o Ministério Público terá até cinco dias para oferecer denúncia em desfavor dos envolvidos no esquema criminoso.

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